Campanha permanente pela liberdade de Edward Snowden
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Campanha permanente pela liberdade de Edward Snowden

Por liberdade na Internet, para que Snowden viva e sirva de exemplo aos indignados de todo o planeta, a Assembleia Nacional do Juntos realizada em São Paulo no dia 14 de julho de 2013 decide realizar campanha permanente pela liberdade de Edward Snowden, Julian Assange e Bradley Manning.

15 jul 2013, 10:13

I Assembleia Nacional do Juntos
São Paulo, 14 de julho de 2013

Nas últimas semanas, tornou-se público em todo o planeta que agências da inteligência dos EUA registram o uso de telefone e Internet de toda a população. Através de esquemas de espionagem articulados com grandes empresas de telefonia e de tecnologia da informação, a NSA e a CIA tem acesso a nossos e-mails, ligações telefônicas e redes sociais. Ao invés de punir os responsáveis por tal violação de privacidade, o governo dos Estados Unidos e seus aliados passaram a perseguir o homem que denunciou tais esquemas, Edward Snowden.

O ex-agente da inteligência americana teve seu passaporte revogado e foi obrigado a se refugiar na zona de trânsito internacional do aeroporto de Moscou. Com o apoio do WikiLeaks, se tornou um símbolo internacional da luta contra o imperialismo. A simples suspeita de que ele estivesse no vôo do presidente da Bolívia, Evo Morales, foi suficiente para que Portugal, França, Espanha e Itália negassem seu espaço aéreo para um chefe de estado, colocando a vida de Morales em risco e forçando-o a passar mais de 10 horas na Áustria, de onde só pôde sair depois de permitir que o avião da Força Aérea Boliviana fosse revistado.

Diante de tal ataque à diplomacia internacional, a Venezuela e a Bolívia ofereceram asilo político a Snowden. O mesmo pedido foi recebido pelo Brasil, um dos países cujo cidadãos são mais espionados pelos americanos, mas não foi nem mesmo respondido pelo ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota. Nosso governo faz um discurso de Brasil independente e soberano, mas na prática se curva ao imperialismo estadounidense. Além de não responder o pedido de asilo, a presidenta Dilma falou na última reunião do Mercosur que são necessárias ações concretas para evitar a vigilância digital, mas se recusa até mesmo a se posicionar a favor da vida de Snowden e fazer pressão internacional para garantir sua liberdade e seu salvo conduto a América Latina.

Por liberdade na Internet, para que Snowden viva e sirva de exemplo aos indignados de todo o planeta, a Assembleia Nacional do Juntos realizada em São Paulo no dia 14 de julho de 2013 com cerca de 1000 pessoas de 16 estados decide:

– Realizar campanha permanente pela liberdade de Edward Snowden, Julian Assange e Bradley Manning;
– Pressionar o governo brasileiro para que conceda asilo político a Snowden e garanta seu salvo-conduto para a América Latina;
– Organizar nesta quinta-feira (18 de julho) o Dia do Snowden (Snowden Day), com iniciativas diversificadas nas redes e nas ruas (tuitaço, fotos e imagens de capa no Facebook, abaixo-assinado, vídeos, hackathons, debates, derrubadas de sites, atos públicos em consulados americanos e órgãos governamentais brasileiros) contra a espionagem e em defesa de Snowden.

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