Wisconsin: milhares pedem demissão de governador
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Wisconsin: milhares pedem demissão de governador

da Agência Carta Maior A luta que iniciou no Wisconsin tem implicações nacionais tanto na política como no futuro do sindicalismo nos Estados Unidos. No sábado, cerca de 100 mil pessoas saíram às ruas numa das maiores manifestações da história do Estado de Wisconsin, pedindo a demissão do governador Scott Walker, do Partido Republicano. Versões […]

16 mar 2011, 21:16

da Agência Carta Maior

A luta que iniciou no Wisconsin tem implicações nacionais tanto na política como no futuro do sindicalismo nos Estados Unidos. No sábado, cerca de 100 mil pessoas saíram às ruas numa das maiores manifestações da história do Estado de Wisconsin, pedindo a demissão do governador Scott Walker, do Partido Republicano. Versões do mesmo conflito expressam-se em pelo menos nove Estados, entre eles Indiana, Ohio e Iowa.

Esquerda.Net

Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se sábado em Madison, Wisconsin, contra a lei anti-sindical assinada pelo governador Scott Walker. Tendo sofrido uma derrota legislativa, os manifestantes afirmam-se determinados a prosseguir a luta e exigem a demissão do governador.

Alguns órgãos de comunicação consideram que foi a maior manifestação, das muitas marchas e protestos realizados no último mês, e uma das maiores de sempre da história do Estado de Wisconsin. A cidade de Madison tem uma população total de cerca de 250.000 habitantes e o protesto deste sábado juntou muitas dezenas de milhares, provavelmente mesmo mais de cem mil pessoas.

O governador não tem recuado perante os protestos e utilizou uma manobra, considerada inconstitucional até pelo Partido Democrata, separando a nova lei de medidas fiscais, para passar nas duas Câmaras sem maioria absoluta e assim chegar ao governador que a assinou. O processo está ainda em apreciação pelo tribunal, mas os manifestantes afirmam que não desistem e lutam pela demissão de Scott Walker.

A nova lei anti-sindical reduz o poder de negociação dos contratos coletivos para os trabalhadores da administração pública só a questões salariais; aumenta o preço do seguro de saúde; obriga a uma votação sindical anual na qual os trabalhadores terão de reconfirmar que querem continuar sindicalizados; acaba com o desconto para os sindicatos feito diretamente pela administração pública.

Segundo assinala David Brooks, correspondente do jornal mexicano La Jornada, “versões do mesmo conflito expressam-se em pelo menos nove Estados – Indiana, Ohio e Iowa, entre outros -, onde está em marcha uma ofensiva política que procura romper o poder político e social dos sindicatos no setor público utilizando como justificação a necessidade de reparar os problemas fiscais que sofrem todas as entidades públicas como resultado da crise financeira nacional que estalou em 2007. Assim, a luta que se iniciou no Wisconsin tem implicações nacionais tanto na política como no futuro do sindicalismo neste país”.

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