Protesto foi realizado por estudantes na Esquina Democrática, no Centro da Capital
Estudantes liderados pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) realizaram um ato, nesta sexta-feira, pelo afastamento do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, do comando da entidade. Com faixas e cartazes intitulados “Fora Ricardo Teixeira”, os manifestantes protestaram por mais de uma hora na Esquina Democrática, tradicional local de mobilização, no Centro da Capital. Com gremistas e colorados unidos pela mesma causa, o grupo entoou cânticos, usou cartolas, em uma alusão ao dirigente, e distribuiu panfletos para esclarecer e chamar atenção da população sobre os desmandos dele na condução da Copa do Mundo de 2014.
”Ricardo Teixeira é presidente da CBF há 22 anos e foi reconduzido ao cargo até 2015, é um dirigente sem escrúpulo, que usa a entidade para obter dinheiro público e só favorecer os aliados”, disse o presidente do DCE, Rodolfo Mohr. A manifestação teve início no final da manhã e se estendeu até por volta das 14h. Curiosos e transeuntes se mostravam interessados pelo ato e muitos compartilhavam e reforçavam, por meio de palavras, apoio à mobilização.
Segundo Mohr, o evento Copa do Mundo está sendo uma “farra com dinheiro público”. Ele citou a cerimônia de sorteio das eliminatórias da Copa, no Rio de Janeiro, no sábado passado, onde foram gastos mais de R$ 30 milhões na montagem do evento. Os manifestantes aproveitaram para reforçar as denúncias de “conchavo” do presidente com a Rede Globo e de se aproveitar da paixão nacional que é o futebol para manipular os poderes públicos.
A mobilização contra o presidente da CBF ganha força também nas redes sociais, especialmente no Twitter e no Facebook. Novos tags foram criados e estiveram entre os assuntos mais comentados no Brasil e no mundo nas últimas semanas. O ato na Capital gaúcha só reforçou o desejo de retirar o cartola do comando da entidade máxima do futebol brasileiro, a CBF, destacou Mohr. O estudante deixou claro, no entanto, que a mobilização não é contra o evento, mas para pedir que os investimentos sejam revertidos em benefícios ao Brasil e que a população tenha acesso aos jogos, por meio de ingressos a preços populares.
O ato em Porto Alegre integrou a mobilização nacional para protestar contra Teixeira e sua equipe. Ação semelhante já ocorreu no Rio de Janeiro e outra está prevista para São Paulo, no dia 13. Revoltados com as denúncias de que Teixeira estaria envolvido em corrupções, os estudantes lideram os protestos pelo País e, aos poucos, a ideia vai ganhando às ruas.
Fonte: Correio do Povo (http://www.correiodopovo.com.br/Esportes/?Noticia=323409)