Nota do DCE-Livre da USP sobre a reintegração de posse da reitoria
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Nota do DCE-Livre da USP sobre a reintegração de posse da reitoria

Como alertamos desde a assinatura do convênio entre a USP e a Secretaria de Segurança Pública, a ação da Polícia Militar no campus do Butantã, além de não garantir nossa segurança, fere o princípio da autonomia universitária e compromete nossa liberdade de nos organizar e defender um outro modelo de ensino superior para a nossa sociedade.

DCE Livre da USP 8 nov 2011, 10:56

São Paulo, 08 de novembro de 2011

O reitor João Grandino Rodas, nesta manhã, reafirmou o tipo de gestão que se encontra à frente da Universidade de São Paulo. Há tempos denunciamos a indisposição ao diálogo e o autoritarismo que permeiam as ações da reitoria no tratamento com a comunidade universitária e os movimentos sociais da USP. Fazer política não é mais permitido na USP; nenhum questionamento ao projeto de universidade da reitoria será tolerado,.

Nós, da gestão “Todas as Vozes” do DCE-Livre da USP, manifestamos completo repúdio à reintegração de posse levada à cabo pela Polícia Militar e pela Reitoria no início desta terça-feira. Tanto em 2007, na Faculdade de Direito, como em 2009, na Cidade Universitária, a PM intervém para minar movimentos reivindicatórios que sequer mereceram um processo de negociação sério por parte da administração. Como alertamos desde a assinatura do convênio entre a USP e a Secretaria de Segurança Pública, a ação da Polícia Militar no campus do Butantã, além de não garantir nossa segurança, fere o princípio da autonomia universitária e compromete nossa liberdade de nos organizar e defender um outro modelo de ensino superior para a nossa sociedade.

Mostremos a toda a população de São Paulo e do Brasil que um episódio como esse não será ignorado por aqueles que reivindicam uma universidade mais aberta e democrática. A USP se torna cada vez mais uma “ilha”, afastada dos interesses da grande maioria da sociedade, e é preciso dar uma demonstração de resistência. Sabemos que um outro programa de segurança é possível para a Universidade de São Paulo, que envolva investimentos em estrutura, abertura dos campi à comunidade externa, treinamento em direitos humanos por parte da Guarda Universitária, bem como valorização da sua carreira e criação de um efetivo feminino.

Todos aqueles que lutam por uma universidade pública, gratuita e de qualidade; voltada para as demandas do nosso povo; radicalmente plural e democrática, devem se unir neste momento para construir um ato reivindicando o fim do convênio USP-PM hoje, dia 08 de novembro, e para realizar uma Assembleia Geral das e dos estudantes nesta quarta-feira, dia 09, às 18h na História/Geografia tendo como pauta um plano de segurança para a USP.

Convocamos todas e todos para construir um grande ato em frente à reitoria a partir das 12 horas de hoje.

DCE-Livre da USP
gestão Todas as Vozes


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