Juntos nas eleições para o DCE-Livre da USP
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Juntos nas eleições para o DCE-Livre da USP

Na próxima terça, quarta e quinta feira, vamos tomar toda a universidade com a esperança de construir um outro futuro também na USP. Para fazer valer a nossa voz e democratizar a USP!

25 nov 2012, 21:07

No período recente, o movimento estudantil de todo país voltou seus olhos para a USP. No final do ano passado, os estudantes protagonizaram uma mobilização de milhares na universidade, por meio de atos, assembleias e uma greve geral em oposição à política do reitor João Grandino Rodas. O ano de 2012, por sua vez, começou com as eleições para o DCE e o perigo representado pela chapa “Reação”, que queria acabar com a autonomia política da entidade, atrelando o DCE diretamente à reitoria.

Nesse momento, o Juntos! impulsionou a construção da chapa Não Vou Me Adaptar!, que derrotou a Reação com quase 7000 votos em toda USP. Ao longo de 2012, construímos a gestão do DCE em unidade com outros setores do movimento estudantil, fortalecendo a luta por democracia na universidade. E, agora, nos dias 27, 28 e 29 de novembro, uma nova batalha estará colocada.

É preciso ampliar a luta por democracia na USP

Atualmente, a gestão de Rodas desnuda uma estrutura profundamente autoritária que se reproduz na USP desde a sua criação. A Universidade de São Paulo é uma das mais elitizadas do Brasil e um polo importante de produção de conhecimento para a classe dominante do país. Diante disso, não se permite a gestão democrática de seus recursos e se restringe a participação de professores, funcionários e estudantes nos rumos da universidade.

O estatuto da USP cristaliza uma concepção autoritária de gestão da universidade, ao preservar, por exemplo, normas e diretrizes formuladas ainda na ditadura militar e que hoje permitem a Rodas expulsar e processe estudantes. Este mesmo estatuto determina a maneira como reitores e diretores de unidade são eleitos na universidade, em processos restritos e antidemocráticos.

Para superar essa situação, o movimento estudantil colocou para si, em 2012, a tarefa de democratizar a USP. Não podemos mais tolerar uma gestão como a de João Grandino Rodas! Para isso, importantes passos foram dados ao longo do ano, como o construção do XI congresso de estudantes, do Plebiscito pela democratização da USP e também lutas e mobilizações vitoriosas, como a que aconteceu no campus de São Carlos. Para 2013, os desafios devem se ampliar!

Um DCE que faça valer a voz dos estudantes e lute por diretas já na USP!

Em 2013, acontecerão novas eleições para reitor e o movimento estudantil pode chacolhar as estruturas anitdemocráticas da universidade, organizando uma forte mobilização por diretas para reitor e diretores de unidade! Não é possível tolerar a maneira como os reitores são eleitos atualmente, na qual somente 2% da comunidade universitária votam no 1° turno, e 0,4% no 2°. Como se não bastasse, a prerrogativa de escolha do reitor é ainda do governador do estado, a partir de uma lista tríplice. Tampouco podemos aceitar a elitização da maior universidade pública do país. Por isso, levaremos adiante a mobilização pela democratização do acesso e por cotas na universidade. O exemplo da mobilização dos estudantes da PUC-SP deve inspirar o movimento estudantil da USP na luta por diretas já para reitor e pela democratização radical da universidade em 2013.

Para isso, é fundamental que o DCE da USP siga autônomo política e organizativamente e que, sobretudo, tenha disposição para mobilizar os estudantes no ano que vem. Após a simbólica e importante derrota da direita em 2012, precisamos reafirmar que o DCE da USP não vai aceitar a nova “chapa do Rodas”, que promete uma “evolução”, ligada ao PSDB. Além disso, não podemos nos enganar com um setor que no início do ano não aceitou a unidade da esquerda para derrotar a “Reação”, esteve ausente da construção do movimento em 2012 e agora prioriza um debate de “método” e crítica ao próprio movimento estudantil, sem identificar como prioritária a necessária luta por democracia na USP para o ano que vem. Infelizmente, esta chapa, organizada pela Consulta Popular, com participação do PT (com apoio declarado de seus militantes, alguns dos quais nominalmente a compõem) e de outros setores – inclusive lamentavelmente o Contraponto – deixa cada vez mais clara sua disposição de reorganizar o campo de apoio ao governo federal, há muito desacreditado no movimento estudantil da USP.

Mas para que os estudantes da USP sigam dando suas “aulas de democracia”, por meio da luta e da mobilização, precisamos de um DCE verdadeiramente independente e que busque, em 2013, fazer valer a voz de todos na USP. Nós, do Juntos!, impulsionamos a chapa Não Vou Me Adaptar e a construímos desde a primeira hora, discutindo com os estudantes a necessidade da unidade entre diversos coletivos, mesmo com as grandes divergências que mantemos sobre a construção do movimento estudantil local e nacional e os métodos para fazê-la. Para nós, isto é fundamental para construir uma forte mobilização que mude a USP e a torne mais democrática. Trata-se, de longe da maior e mais representativa chapa que disputa a eleição, composta por mais de 300 ativistas espalhados por toda universidade, na capital e no interior e na quase totalidade dos cursos da USP. Muito nos orgulha que 200 deles sejam identificados e militem com o Juntos! e com a luta de nosso coletivo por outro futuro em todo país, mostrando a força de nossa construção na USP!

Na próxima terça, quarta e quinta feira, vamos tomar toda a universidade com a esperança de construir um outro futuro também na USP. Para fazer valer a nossa voz e democratizar a USP!

Chamamos também todos os ativistas da universidade a participarem do III Encontro Estadual do Juntos-SP, que discutirá a luta da USP por democracia e diversas outras iniciativas da juventude em luta em 2012. Será nos dias 25, 26 e 27 de janeiro! Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/447980871925955/

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