Natal, 20 junho de 2013: o nosso #20J
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Natal, 20 junho de 2013: o nosso #20J

A maioria das pessoas que estavam na manifestação, ou eram muito pequenas pra se lembrar ou nem haviam nascido na época do fora Collor. Mas os caras pintadas daqueles tempos nunca foram tantos na cidade do sol quanto vimos nesse 20 de junho.

Evillin Pereira 21 jun 2013, 21:02

* Evillin Pereira

1013664_442125955883045_590920174_n 50 mil pessoas na rua.

As reivindicações eram diversas. E há quem discordasse disso pelo fato da proposta da revolta ser: o ônibus.

A maioria das pessoas que estavam na manifestação, ou eram muito pequenas pra se lembrar ou nem haviam nascido na época do fora Collor. Mas os caras pintadas daqueles tempos nunca foram tantos na cidade do sol quanto vimos nesse 20 de junho.

O povo foi massivamente pra rua. E o que o incomoda, não é só o ônibus não meu amigo! É sim a saúde e a educação que, sob responsabilidade do governo estadual e municipal, praticamente não existe em boa qualidade. É sim pelo salário mais alto de vereadores que esse país tem hoje. É sim pelo projeto de lei da impunidade que está por ser votado (Pec 37) e é sim por aquele outro projeto que acabou de ser aprovado pela comissão de DIREITOS HUMANOS, que de humano não tem nada!

Por fim (ou seria só o começo?), é sim pelos gastos exorbitantes com um evento que não influenciará na vida do povo potiguar cotidianamente, a não ser pelo déficit que a roubalheira trará (aliás, já trouxe).

Quem viu quando moradores dos prédios no trajeto da marcha piscavam a luz de seus apartamentos em sinal de apoio à manifestação? Quem viu operários empunhando cartazes do alto de suas obras? Quem viu passarelas tão repletas de gente que quase não se notava o concreto ou a grade?! A pauta já não tem espaço pra ser única.

O que começou no sul do Brasil esse ano e seguiu por São Paulo tendo lá sua mais violenta repressão, tomou proporções gigantescas. Proporções essas, que milhares aqui sentiram na pele ontem.

O 20J de hoje também tem muito da praça Tahir de 2011, do occupy Gezy de 2013 e, não nos esqueçamos, da nossa revolta do Busão de 2012.

Justamente pela Revolta que mais uma vez Natal conseguiu revogar o aumento da tarifa do ônibus.

É uma vitória. Mas como dizem, foi apenas uma das batalhas. Temos muitas outras a encarar e o momento é agora. Afinal, quem decide os rumos não é o prefeito, o governador ou o presidente. É o povo na rua!

* Evillin Pereira é militante do Juntos! RN


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