Nas ruas semeando uma nova primavera
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Nas ruas semeando uma nova primavera

Os tempos da política no Brasil são outros. Vivemos tempos acelerados. Depois das “Jornadas de Junho” nada será e, nada segue sendo como antes. O levante juvenil e popular colocou o Brasil na rota mundial dos indignados.

Os tempos da política no Brasil são outros. Vivemos tempos acelerados. Depois das “Jornadas de Junho” nada será e nada segue sendo como antes. O levante juvenil e popular colocou o Brasil na rota mundial dos indignados. O povo foi às ruas, reivindicou, lutou e conquistou. Já não somos os mesmos. Manifestações com as mais diversas pautas seguem acontecendo Brasil afora, Câmaras seguem sendo ocupadas e nas ruas o povo vai transformando o país.

A indignação dos jovens nos locais de trabalho colocou na cena das mobilizações a juventude trabalhadora, que unida aos demais, agitou a base dos sindicatos com manifestações e paralisações. O resultado foi que, depois de quase 12 anos, um calendário de lutas unificado foi construído e teve o dia 11 de julho como um marco nacional. Mas um novo Dia Nacional de Paralisações já está convocado: o dia 30 de Agosto. Assim, é a unidade da juventude com a classe trabalhadora o caminho para avançarmos nas mobilizações e nas vitórias.

Os ares de junho ainda ventilam o nosso país. Afinal uma porta foi aberta e é ela que justifica as paralisações de setores da classe trabalhadora Brasil afora. O mês de Agosto terá dias de luta, como o dia 14 e o dia 30, e essa constante de mobilizações pode desaguar em uma nova data de lutas massivas. É nisso que devemos apostar e nos empenhar. O dia 7 de setembro pode ganhar a expressão da indignação que ganhou as ruas em junho.

Enquanto as ruas crescem e ganham força, os índices de aprovação de Governos, como o de Cabral, diminuem na mesma proporção. A enorme violência policial da PM do RJ, a repressão aos protestos, os 10 mortos em uma operação policial na Maré, os gastos públicos exorbitantes com a Copa do Mundo e as Olimpíadas entoam e dão força ao Fora Cabral.

O desaparecimento do pedreiro Amarildo, morador da Rocinha após uma abordagem policial ganhou expressão nas ruas do Rio de Janeiro e no Brasil. Só em 2012 no Rio de Janeiro, foram quase 6 mil desaparecidos, 6 mil Amarildos. Sabemos que Amarildo não foi o primeiro, mas exigimos que ele seja o último.

Em São Paulo, enquanto as ruas clamam por uma educação padrão FIFA, Alckmin continua sucateando a educação, atrasando pagamentos de salário e demitindo professores por todo o Estado. Desse modo, se em junho eram 20 centavos e a força das mobilizações derrubaram o aumento, agora são mais de 400 milhões de reais no maior escândalo de corrupção da história dos Governos Estaduais. Para dar um fim à roubalheira e exigir que o dinheiro do metrô não vá parar no bolso dos tucanos, mas que sirva para melhorar o transporte para o povo, vamos para a rua cobrar a fatura do propinoduto dos tucanos e exigir a saída do atual chefe da quadrilha. Vamos juntos derrubar Alckmin.

No dia 7 de setembro vamos por mais! Lutar para derrubar Feliciano, pela liberdade de Assange e Maninng, para que o Brasil conceda asilo a Snowden. Por educação e saúde no padrão FIFA! Pelo passe-livre nacional, por um transporte público, gratuito e de qualidade. Por Amarildo! Contra a violência policial e pela desmilitarização da policia! Vamos virar do avesso toda essa estrutura da velha política! Basta de fazer do Estado um balcão de negócios que só atende a interesses privados! Que o deputado ganhe o mesmo que o professor!

Nossa tarefa é seguir nas ruas, pois a lição já foi dada: só a luta muda a vida. São tempos de rebeldia, de transformação. A construção de uma outra sociedade só depende de nós. No dia 7 de setembro, as ruas serão tomadas por cores, cartazes, músicas e povo! Será a maior arquibancada do Brasil! Vamos Juntos escrever mais um capítulo da nossa história! O futuro nos pertence e nós apenas começamos.

Grupo de Trabalho Nacional do Juntos


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