150 presos em Guantánamo eram inocentes, apontam documentos divulgados pelo Wikileaks
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150 presos em Guantánamo eram inocentes, apontam documentos divulgados pelo Wikileaks

Pelo menos 150 presos na penitenciária naval de Guantánamo são inocentes – entre eles, motoristas, agricultores e cozinheiros, que foram capturados pelas tropas americanas durante operações de “inteligência”(?) em zonas de guerra. A avaliação consta de documentos secretos divulgados em uma nova leva pelo Wikileaks

28 abr 2011, 10:34

do Blog do Rodrigo Lopes

Pelo menos 150 presos na penitenciária naval de Guantánamo são inocentes – entre eles, motoristas, agricultores e cozinheiros, que foram capturados pelas tropas americanas durante operações de “inteligência”(?) em zonas de guerra. A avaliação consta de documentos secretos divulgados em uma nova leva pelo Wikileaks e destacados hoje em jornais como The New York Times, Guardian, Le Monde e El País. Muitos permanecem presos devido a confusões de identidade ou simplesmente por terem estado no lugar errado na hora errada.

Depois de alguns meses de silêncio, o Wikileaks voltou a abalar o governo americano – e seus aliados – com a revelação de 700 documentos sigilosos. Nos textos, é possível compreender como os EUA usaram Guantánamo para obter informações dos detentos a qualquer custo – inocentes ou nao. O material foi elaborado durante o governo George W. Bush. Não havia regras claras e não eram necessárias provas para manter uma pessoa presa.

Embora os relatórios não tenham sido confeccionados por seu governo, o presidente Obama classificou a publicação do Wikileaks como “infeliz”. No total, pelo menos 780 pessoas passaram pelas celas de Guantánamo desde 2002.

As autoridades militares americanas consideraram 220 dos prisioneiros de Guantánamo como militantes extremistas de alto risco. Outros 380 presos foram classificados como pessoal de baixo escalão do Talebã. Os demais seriam os inocentes citados acima.

Os documentos também revelaram detalhes de supostos planos de ataques terroristas a alvos na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. Sob interrogação, os presos teriam mencionado a suposta existência de uma arma nuclear a ser detonada na Europa em caso de prisão do líder da rede extremista Al-Qaeda, Osama Bin Laden.

Entre outros supostos planos, estaria o de impregnar o sistema de ar condicionado de edifícios públicos americanos com cianeto, um veneno mortal, e recrutar militantes no aeroporto londrino de Heathrow, o mais movimentado da Europa.

Leia a íntegra dos documentos divulgados pelo Wikileaks aqui

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