Ares de Mobilização
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Ares de Mobilização

A onda de mobilizações que toma conta da Europa, a revolução dos povos Árabes e a ocupação das praças do mundo por pessoas que não estão contentes com a situação mundial, estão transformando a sociedade politicamente, socialmente e conceitualmente.

Gabriela Rosa 22 jun 2011, 16:38
A onda de mobilizações que toma conta da Europa, a revolução dos povos Árabes e a ocupação das praças do mundo por pessoas que não estão contentes com a situação mundial, estão transformando a sociedade politicamente, socialmente e conceitualmente.
As mudanças políticas e sociais são retratadas diariamente nos jornais, blogs e redes sociais. Na Tunísia está acontecendo um processo de transição para democracia que está redefinindo o país. Na Islândia a população mobilizada rejeitou em plebiscito o acordo para indenizar investidores estrangeiros que perderam dinheiro pela falência de banco local. As mulheres do Canadá marcharam contra a opressão e receberam apoio de mulheres do mundo todo.
São apenas exemplos da transformação acelerada que o mundo está vivendo.
Mas além dessas mudanças concretas os sentimentos de indignação, de cooperação e justiça nos empurraram para um grande avanço subjetivo-conceitual. As vitórias conquistadas pelos povos que tomaram as ruas e as praças e a solidariedade internacional estão imprimindo na consciência de uma nova geração novos conceitos para mobilização.
Milhares de pessoas avançaram conscientemente e hoje sabem que mobilização não é coisa de baderneiro. Sabem que se trata de uma eficiente ferramenta de garantia de direitos, de conquista de espaços e de voz. Além disso, cada um que deixa sua casa para ocupar um espaço público e se juntar a outras pessoas que dividem os seus mesmos anseios entende que o povo junto é mais forte. Mas, principalmente, as pessoas estão percebendo que a luta muda a vida.
Certamente, os ares de mobilização chegaram ao Brasil. Ares que dão sopro aos bombeiros no RJ, aos movimentos estudantis da PUCRS, da UFCSPA, da UFPEL, da UFRGS… Aos 50 mil jovens de 40 cidades brasileiras que no último final de semana marcharam por Liberdade.
Que esses ares soprem cada vez mais fortes.
Que os jovens do mundo divulguem, construam e participem da Marcha Mundial que os indignados da Espanha estão chamando para 15 de outubro.

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