Ato contra o novo Código Florestal
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Ato contra o novo Código Florestal

A manifestação desse domingo 05 de junho, contra o novo código florestal e a construção da usina de Belo Monte, em São Paulo, representou a indignação da juventude com as questões sociais e ambientais no Brasil. O ato começou por volta das 14hs, em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo) e contou […]

Igor Bologna Santiago Ribeiro 6 jun 2011, 19:22

A manifestação desse domingo 05 de junho, contra o novo código florestal e a construção da usina de Belo Monte, em São Paulo, representou a indignação da juventude com as questões sociais e ambientais no Brasil. O ato começou por volta das 14hs, em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo) e contou com aproximadamente 500 pessoas, em sua maioria, jovens e estudantes, que se mobilizaram através do facebook e twitter, o que deu uma amplitude nacional ao ato que ocorreu não só em São Paulo, mas também em outros estados como Rio Grande de Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Amazonas, mostrando mais uma vez a importância das redes sociais, nas manifestações populares.

As pessoas que estavam concentradas no MASP fecharam três faixas da Av. paulista, sentido Consolação,
e o objetivo era chegar a praça da República. No meio do caminho a manifestação parou na frente da sede do PC do B, na rua Rego Freitas, e foram puxadas palavras de ordem como “Aldo Rebelo ex comunista, se vendeu pra bancada ruralista”.

O Juntos teve um papel muito importante na realização do ato, fazendo parte da organização do evento, fazendo palavras de ordem e algumas falas no final da manifestação.

O novo código significa um retrocesso nas leis ambientais brasileiras, atendendo as necessidades dos grandes produtores, latifundiários e madeireiras. Para que isso aconteça, os deputados representantes da bancada ruralista precisam do apoio da opinião pública; é essa hora em que ouvimos discursos de que o novo código foi proposto pensando nos pequenos produtores, que é uma grande mentira, já que nem se cogita passar pela câmara alguma proposta de reforma agrária. Aldo Rebelo também propõe anistia às madeireiras, que desmataram ilegalmente até 2008, as mesmas que são responsáveis por assassinatos de ativista no norte do país, como foi dito ontem na manifestação. Nossa luta não pode ser pontual. Ela tem que se estender por mais vezes e mostrar a nossa indignação com o governo, que para blindar um ministro que enriquece 20 vezes em 4 anos, coloca em risco recursos naturais, como a água, ao aprovar o novo código na câmara.


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