10% do PIB para a educação pública já! Pelas greves nas federais
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10% do PIB para a educação pública já! Pelas greves nas federais

Não queremos os 10% do PIB em 10 anos! A luta pela educação pública e de qualidade, hoje forte nas universidades federais, é a luta por outro futuro!

2 jul 2012, 23:30

Na terça-feira, dia 25/06, vários jornais noticiaram que a comissão especial do Plano Nacional de Educação (PNE) na Câmara dos Deputados aprovou a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação até 2020. Mas o que essa aprovação significa? O que está em jogo?
Não à toa esse anúncio ocorreu na semana passada. Atualmente estamos vivendo uma das maiores greves do ensino superior no país, na qual a greve dos servidores já atinge mais de 90% das instituições federais. Essa greve é uma resposta veemente ao programa de expansão das universidades, feito sem garantia de qualidade e financiamento executado na gestão de Fernando Haddad (atualmente candidato à prefeitura de São Paulo) no Ministério da Educação. Este modelo de expansão irresponsável continua sendo aplicado ainda hoje.

A greve é uma resposta à politica do governo federal que não prioriza o investimento em educação. Hoje diversas faculdades tem problemas de infra-estrutura gravissimos, falta de salas de aula, ausencia de políticas de permanencia, falta de laboratorios, etc. Por isso, uma das pautas do movimento é o investimento de 10% do PIB já em educação pública

A reivindicação dos movimentos sociais de educação pela aplicação das verbas na educação é histórica. A luta pelos 10% do PIB para educação pública é pauta desde 1997. A proposta aprovada na comissão da câmara, que ainda terá que passar pelo Congresso Nacional e pela presidenta Dilma, não deixa de ser fruto de pressão, mas não garante investimento 100% público. E nem de longe é a resposta ao movimento.

Mais absurdo do que isso, é que o atual ministro, Aloizo Mercadante, quando era vice-presidente do ANDES em 1984 afimou que “Não tivemos outra alternativa a não ser desencadear uma greve. E, a se manter as atuais posições do governo – a ministra da Educação encerrou as negociações – a greve atual continua e outras greves inevitavelmente ocorrerão”. Hoje se recusa a negociar com o movimento, e trata a educação como caso de polícia, como foi nos casos violência policial na UNIFESP Guarulhos.

Nossa luta continua! No próximo dia 3 de julho, o comando de greve nacional das universidades federais está chamando o 3J às 14h, no vão do MASP, um ato que pretende reunir professores, funcionários e estudantes das instituições que estão em greve. Nossa luta é por uma resposta imediata do governo à precarização que estamos vivendo hoje. Não vamos esperar até 2020!

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