Movimento contra a repressão dos Malucos de Estrada (artesões hippie)
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Movimento contra a repressão dos Malucos de Estrada (artesões hippie)

Ontem, (7) aconteceu em Belo Horizonte o “Ato Público de afirmação da identidade cultural do Maluco de Estrada (artesão hippie)”, que teve como objetivo denunciar a repressão que praticada pela Prefeitura de Belo Horizonte e exigir respeito através da visualização desse grupo social.

Luiza Diniz 7 jul 2012, 15:19

*Luiza Diniz

Foto: Casa Fora do Eixo Minas

Ontem, (7) aconteceu em Belo Horizonte o “Ato Público de afirmação da identidade cultural do Maluco de Estrada (artesão hippie)”, que teve como objetivo denunciar a repressão que praticada pela Prefeitura de Belo Horizonte e exigir respeito através da visualização desse grupo social.

O ato foi realizado na Praça Sete, local usado há décadas como ponto de concentração “hippie” e onde tem acontecido a repressão pela Polícia Militar e fiscais da prefeitura. A manifestação foi feita através com uma mostra de fotografias, promovendo visibilidade a esse estilo de vida, cartazes com frases de resistência e explicações da situação jurídica e a exibição de documentários na parede da praça, com cenas de repressão de artesãos, apreensão e furto de seus bens e sobre o olhar dessa tribo.

O conflito ocorre porque o entendimento dos órgãos da Prefeitura sobre os “hippies” é como um misto de moradores de rua, camelôs e traficantes, o que acaba por deixá-los à mercê de expulsões do espaço público, apreensões e destruição do material de trabalho e varreduras policias. Para driblar a situação os artesões nômades tem se mobilizado, através da figura de Rafael Lage, e procurado o reconhecimento pelo Centro Nacional de Defesa Humanos da População e a Defensoria, tendo inclusive conseguido em maio a constatação de que não há nenhuma lei que dá margem à condenação do trabalho ou modo de vida dos malucos.Mas em junho os comerciantes que margeiam a Praça 7, que segundo os artesãos, entendem skatistas, moradores de rua e traficantes e usuários de droga como fazendo parte do grupo “hippie”, fizeram queixa de que estava havendo uso de drogas por parte dos hippies, que desde então, tem sido diariamente repreendidos por um grande número de PM´s e fiscais. Queixa que segundo eles é descabida segundo eles, já que não fazem uso de drogas na Praça.
O ato teve a participação das Brigadas Populares, Movimento Fora Lacerda, Movimento Anarquista, PSOL e a participação do musico representante da cultura dos malucos de estrada,Ventania.
Detalhes sobre a situação jurídica, fotos da mostra e do ato, assim como os documentários exibidos podem ser vistos no site http://belezadamargem.com/

Mais uma vez mostra a politica higienista desse prefeito que maqueia a cidade.

*Luiza Diniz é estudante de Comunicação Social da PUC Minas – São Gabriel, Belo Horizonte/MG.


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