Basta das agressões machistas do PCO no movimento estudantil!
MARCHA DAS VADIAS/PARANÁ

Basta das agressões machistas do PCO no movimento estudantil!

Ontem, durante a assembleia geral da USP, militantes do Partido da Causa Operária (PCO) protagonizaram cenas de violência e machismo. Militantes do Juntas e do DCE-Livre da USP foram agredidas verbalmente e fisicamente. Não nos calaremos diante do machismo e da opressão!

12 abr 2013, 18:01

Juntos! Por Outro Futuro e Juntas! A Luta das Mulheres Muda o Mundo

Ontem, durante a assembleia geral do movimento estudantil da USP, se seguiram fatos abomináveis e inadmissíveis. Mais uma vez, militantes do Partido da Causa Operária (PCO) protagonizaram cenas de violência e machismo. Militantes do Juntas e do DCE-Livre da USP foram agredidas verbal e fisicamente. Consideramos, de antemão, lamentável que organizações políticas que se dizem de esquerda não reflitam e debatam a questão das opressões e do machismo em nossa sociedade. Entretanto, podendo ser isso encarado como uma opção política, é inadmissível e jamais poderá ser tolerado que essas práticas se imponham nos espaços coletivos.

Desde a primeira Assembleia Geral dos Estudantes da USP do ano de 2013 , ocorrida no dia 14 de março, um militante do PCO de São Paulo, André Sarmento, vem perseguindo e assediando moralmente uma companheira do Juntas, que esteve na coordenação da mesa da assembleia. Quando esta companheira estava sozinha, o militante do PCO dizia frases como “da próxima vez, coloca um homem na mesa que garante melhor” e “não é porque você é mulher que eu não posso partir pra cima”. O PCO, reafirmando sua falta de moral e política, afirmaram que as mulheres do DCE são prostitutas e que usavam da sedução para conseguir ganhar novos militantes, que é praticar a famosa “tática 2”. Algo inaceitável!

Nesta última assembleia geral, após a frente feminista da USP ler a nota em repúdio às atitudes machistas dos militantes do PCO, essa mesma organização se dirigiu física e violentamente à mesa e às mulheres que estavam preservando a segurança da mesa. Por uma opção política, a mesa da assembleia foi composta por mulheres, assim como havia sido na anterior. Os militantes do PCO iniciaram uma confusão generalizada, com homens gritando e indo pra cima das mulheres do DCE e da frente feminista, até que a companheira do Juntas que estava sendo perseguida foi agredida fisicamente por alguém dessa organização. Além disso, um dos militantes do PCO derrubou a caixa de som no chão, danificando de maneira irreversível o equipamento e impossibilitando a continuidade do fórum.

Que papel o PCO cumpre no movimento?

Ao contrário de nos intimidar, seguiremos firmes ao denunciar o caráter absolutamente machista do PCO. São vários os episódios em que essa seita política usa de truculência nos espaços do movimento estudantil. Não titubearemos em denunciar e desnudar o real caráter desta organização. O PCO usa desses métodos para enfraquecer o movimento consequente, diversas vezes contribuindo para fracionar as lutas. Enquanto isso, reproduzem um partido seita controlado pelas famílias Sarmento e Pimenta, que sobrevive através do fundo partidário, com uma política questionável e sem responsabilidade e inserção na realidade da sociedade brasileira.

Recorrentes vezes no movimento estudantil da USP, o PCO foi protagonista de práticas completamente destrutoras de qualquer debate e construção coletiva, ao discordar da política sendo discutida e votada em geral por ampla maioria, usa de gritaria, violência verbal e física, tentativas de desligar som, microfone, e todo tipo de confusão para deslocarem o centro de atenção da discussão política – muitas vezes calorosa, mas saudável – para um método da coerção e opressão. Uma coisa é termos diferenças de conteúdo político, mas haver uma identificação e preocupação comuns sobre os rumos da política. Outra coisa é não termos nenhuma identificação nem de conteúdo nem de método, caso que ocorre com o PCO. Diante de tudo que foi exposto, não reconhecemos que o PCO e suas práticas condizem com o movimento estudantil.

Machistas não passarão!

O Juntas e o Juntos acreditam que a pauta feminista não pode secundarizada e é fundamental continuar repudiando veementemente qualquer organização que for machista nos movimentos sociais e no movimento estudantil. Nós não vamos admitir e permitir que nossas militantes sejam agredidas verbal e fisicamente por militantes do PCO. Vamos seguir na luta, tomando todas as medidas necessárias, para que não haja mais constrangimentos por parte desta organização. Seguiremos reafirmando as mulheres como agentes políticas, protagonizando as pautas e os espaços. E dizendo que basta de agressões machistas no movimento estudantil!

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