Imediata libertação dos presos políticos do Rio
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Imediata libertação dos presos políticos do Rio

É hora de levantar a bandeira da liberdade para TODOS os presos políticos. Fomos dezenas de milhares nas ruas no dia 7 de outubro. Mais dezenas de milhares no dia 15. Está é nossa força. Temos que lutar para derrotar esse ataque.

*por GTN Juntos

Os governos de Eduardo Paes e Cabral deram mais uma demonstração de sua intransigência, falta de democracia e brutalidade na última terça-feira, 15. Inúmeros ativistas que participaram da manifestação em defesa da educação foram detidos naquela noite e parte significativa segue presa. Os que seguem detidos estão sendo acusados, dentre outras coisas, de formação de quadrilha e pertencimento a organização criminosa.

Para coibir novas manifestações e impedir que o povo siga ocupando as ruas, os governantes têm resgatados leis que datam da Ditadura Militar e criando novas leis que conferem às forças repressivas poderes extraordinários. Dentre estas, está a famosa lei “Cardozo” (12.850), criada pelo ministro de Dilma, que tipifica “a associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas” como organização criminosa, legitimando a perseguição e a prisão de ativistas. Sessenta e quatro presos no ato desta terça-feira foram conduzidos aos presídios no Rio de Janeiro. Outros vinte menores estão também sendo indiciados. Diante do ocorrido, o Rio de Janeiro transformou-se num verdadeiro Estado de Exceção.

Enquanto a grande mídia e o governo tentam passar a imagem de que a polícia busca a segurança geral da população, sob o discurso de manutenção da ordem, a ação truculenta dos policiais desnuda que a “ordem” que os governantes estão buscando manter é a do Estado corrupto, cujas leis, recursos e medidas servem apenas para beneficiar uma pequena casta de políticos e empresários. Enquanto isso, a maioria da população sofre com o caos na cidade e vive a mercê de serviços públicos ultra precarizados. Neste momento no Rio, o poder público somente tem dado as caras para reprimir os manifestantes. E segue ignorando, por exemplo, a forte e representativa greve dos profissionais da educação.

O questionamento às forças repressivas do Estado ganhou peso entre o povo após os levantes de junho. O caso Amarildo uniu o sentimento de milhões que sofreram com a repressão policial nos atos com aqueles que lutam diariamente contra a covardia da polícia nas comunidades pobres, onde muitos jovens morrem pelas mãos da polícia.

Os governantes, para retomar o controle da situação, jogam pesado para desorganizar a resistência popular. Não podemos aceitar tal situação. É muito grave o que acontece no Rio de Janeiro. A classe dominante, seus representantes e aparatos querem vencer essa queda de braço lançando mão da perseguição aos ativistas, seja com as forças militares ou com a grande mídia. Precisamos de uma resposta unificada de todos aqueles que fizeram o Junho que mudou a história do país. Unir os professores em greve, os petroleiros que cruzam os braços contra o leilão do Campo de Libra, os estudantes da USP que ocupam a reitoria. É hora de levantar a bandeira da liberdade para TODOS os presos políticos. Fomos dezenas de milhares nas ruas no dia 7 de outubro. Mais dezenas de milhares no dia 15. Está é nossa força. Temos que lutar para derrotar esse ataque.

Liberdade para os que lutam!

Revogação das leis que criminalizam o movimento social!

Não à repressão! Desmilitarização da polícia já!

Assinem o abaixo assinado .


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