Bolamos o Juntos! Pela legalização
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Bolamos o Juntos! Pela legalização

O ano de 2014 já começa quente e agitado. Vimos “rolezinhos” correrem o país em resposta a ausência total de alternativas pra juventude, copa da manifestações, greve dos rodoviários em Porto Alegre, Atos contra o aumento da tarifa, ato atrás de ato, é tempo de mudança.

Juntos pela Legalização 7 fev 2014, 18:44

*Juntos! Pela legalização

O ano de 2014 já começa quente e agitado. Vimos “rolezinhos” correrem o país em resposta a ausência total de alternativas pra juventude, copa da manifestações, greve dos rodoviários em Porto Alegre, Atos contra o aumento da tarifa, ato atrás de ato, é tempo de mudança.

No meio de tudo isso, alguns fatos vieram reacender o debate da legalização da drogas, sobretudo, a maconha. O juntos! Em sua I Acampada Sudeste (31 a 2 de fevereiro do Rio De Janeiro) faz oficialmente o lançamento dessa setorial que pretende entrar firme na luta pela legalização.

O preço da atual política de guerra às drogas

Sabemos que o uso cultural das drogas sempre aconteceu, em diferentes povos através da história e ao redor do mundo, independente da legalidade do uso.

Assim como, ao longo da história a proibição de algumas drogas esteve colada com a criminalização dos povos e da pobreza. A guerra as drogas é o álibi que a polícia tem pra entrar em qualquer barraco na favela, em qualquer lugar do país. Quantos Douglas, Dalestes e Amarildos serão necessários pra que a gente acabe com essa guerra que é contra as pessoas? Não quaisquer pessoas: facilita se for preto, pobre, e morar na periferia.

A verdade é que, passados mais de cinquenta anos após a inauguração da política de guerra às drogas pelos Estados Unidos , o narcotráfico não acabou, muito menos caiu o uso de drogas. Aqui no Brasil, enquanto o senador Zé Perrella é inocentado mesmo após encontrarem 400kg de cocaína em seu helicóptero e na sua fazenda, milhares de jovens negros da periferia são presos ou mortos por portar um “baseado”. Tudo em nome de um discurso de combate ao crime.

O que a proibição tem nos dado? Presídios superlotados (cerca de 14 mil brasileiras e mais de 117 mil brasileiros estão presos por vender ou transportar uma substância ilícita), violência, corrupção, insegurança, mortes, e o futuro de jovens aniquilado pela criminalização e pela estigmatização! Além de nenhum controle de qualidade das substâncias, nenhum controle de vendas, e nenhum imposto para os grandes traficantes envolvidos, que enriquecem enquanto a população sofre. Sem contar que a legalização de qualquer droga pode ser estatizada e ter seus lucros voltados à áreas sociais, como saúde e educação, enquanto quem lucra hoje, são os grandes capitalistas.

“Fogo na bomba!” ou No caminho da legalização

Em dezembro de 2013, o Uruguai se torna o primeiro país a legalizar a venda, o cultivo e uso da maconha. A corajosa decisão do governo uruguaio já parece ecoar. Na virada do ano de 2014, os estados Washington e Colorado (ambos nos EUA) liberam o uso recreativo da erva para maiores de 21 anos e em menos de quinze dias depois, um projeto parecido é aprovado na cidade de Turim (Itália). Aqui no Brasil, dias depois de o juiz Frederico Ernesto Cardoso Maciel, do Distrito Federal, absolver um homem flagrado com 52 trouxas de maconha por considerar inconstitucional a proibição dessa droga, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) pretende apresentar um projeto de lei que legaliza a maconha no Brasil, quebrando o silêncio do Congresso Nacional perante as leis proibicionistas e colocando a política de drogas como debate urgente em nosso país.

Ora, legalizar é fazer do tráfico de drogas uma atividade inútil, é descriminalizar pessoas, é tornar acessível serviços de saúde antes negados à usuários pelo fato destes se encontrarem na ilegalidade; além de possibilitar a realização de pesquisas conclusivas a respeito dos reais efeitos das drogas, aproveitando seu papel na terapia de diversas doenças e desmistificando seu uso e ajudando dependentes químicos.

O Uruguai nos mostrou que está na hora de alterarmos radicalmente a política de drogas que hoje vigora. Está na hora do Brasil se posicionar! E que seja a favor dos direitos sociais! Nós do Juntos, lutamos pela descriminalização e pela legalização das drogas, para que a política de drogas não seja mais ligada ao tráfico e à repressão policial, mas sim à segurança e saúde públicas. Estamos Juntos! Pela legalização, nossa vitória não será por acidente.

“Eu sou a favor da legalização das drogas, porque acho que a única maneira de acabar com o narcotráfico e toda a violência decorrente dele é legalizar” Deputado Federal Jean Willys- PSOL-RJ

“A maneira tradicinoal(de combate às drogas) não está funcionando. Alguém tem que ser o primeiro a tentar isso.” José Mijuca, presidente do Uruguay.


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