Eles têm lado, tem posição e tem seu(s) partido(s).
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Eles têm lado, tem posição e tem seu(s) partido(s).

A atual gestão do DCE da UnB é parte da estratégia de reinserção social do PSDB na política estudantil. Diferente deles, nós nunca tivemos e nem teremos medo de dizer nosso nome, de mostrar explicitamente nossa posição e defendê-la, não temos medo de tomar partido, não jogamos demagogicamente.

Isa Nascimento 13 nov 2014, 09:56

*Isa Nascimento

Nós sabemos como a direita opera, na verdade, estamos cansados de constatar isso. Sem dizer seu nome e a que veio. Em nome e em prol de um pragmatismo que tira proveito de uma cultura de negação da política, com um viés fortemente apolítico, a direita permanece na UnB sem dizer, covardemente, seu nome.

Sabemos que a atual gestão do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília realmente não toma partido para as questões importantes da Universidade. Ou pior que o abstencionismo, prefere apoiar as decisões “de cima para baixo, pra não dizer autoritárias, da Reitoria.

Quando falamos também em partidos políticos nos deparamos com uma demagogia extrema: a atual gestão tem partido, só não diz o nome e não é transparente quanto a isso. Já tivemos e temos muitas provas disso. E agora não somos nós que estamos dizendo. A mais recente notícia foi a que saiu no Painel da Folha (10/11), onde está claro que a inserção no DCE é consciente e muito bem aproveitada. O DCE da UnB é parte da estratégia de reinserção social do PSDB na política estudantil.PSDB

Veja no site da Folha, clicando aqui.

Assim que o grupo “Aliança pela Liberdade” ganhou o DCE da UnB em 2011 saíram notas sobre a vitória na revista Veja com expressões e colocações absurdas sobre militância partidária paga de esquerda com intuito de aparelhar e dominar a universidade, assim como estudantes de esquerda e partidários sendo colocados como “brucutus” e não estudantes. Tudo bem que nada melhor poderia se esperar do jornalista Reinaldo de Azevedo –  representante do pensamento de uma direita conservadora, racista e reacionária no Brasil. Mas o importante é notar que ele “aprova” a gestão Aliança Pela Liberdade”.  Toda essa desonestidade é cada vez mais percebida e a demagogia desmascarada.

VEJA

 

Nós, diferente deles, não fazemos oposição por oposição, não acusamos desonestamente e nem fazemos uso de demagogia. O projeto de universidade que defendemos está inserido em nossa concepção e defesa de uma sociedade cada vez mais justa e igualitária, logo, não compactuamos com as defesas e projeto defendido pela atual gestão, Aliança Pela Liberdade. Acreditamos numa universidade inserida e conectada diretamente ao contexto das lutas sociais, sem deixar de entender a necessidade das pautas práticas e imediatas que interferem direto na vida da/o estudante universitária/o.

O Diretório Central dos Estudantes é um instrumento político de organização estudantil, não temos medo e nem temos que temer alegar isso. Entendemos essa entidade autônoma estudantil como um espaço a ser ocupado, um espaço de debate político verdadeiro e que trabalhe em prol de um fomento a uma maior e melhor cultura política dentro da universidade, de forma que conscientize e empodere as/os estudantes de que são sujeitos/as políticas dentro da universidade e que, dentro dela, devem ser respeitados e escutados em suas demandas e opiniões sobre os caminhos que a universidade vai traçar e que projeto se consolidará para a instituição.

Seguiremos militando em defesa do projeto de universidade e sociedade que acreditamos e lutamos, dentro e fora do contexto da universidade. Seguimos sem ter medo e temer tomar posição e sem cair no jogo demagógico.

O DCE da UnB precisa retomar a sua história de luta e de inserção social no DF, ainda mais no cenário de recessão econômica, perda de direitos e ajustes sociais que 2015 anuncia. Um DCE ativo e que preze pela mobilização social para a conquista e garantia de direitos para os estudantes. Precisamos dar um basta ao imobilismo e à apatia que tomou conta desses últimos anos da UnB, que só serve para um projeto político de universidade e de sociedade: privilégios para poucos em detrimento dos direitos de muitos.

*Isabela Nascimento é estudante de Gestão de Políticas Públicas na UnB e do Juntos! DF


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