Aprovado Nome Social na UFRGS!
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Aprovado Nome Social na UFRGS!

A decisão que entra em vigor no primeiro semestre de 2015, é um importante passo contra a invisibilização de Travestis e Transexuais, que muitas vezes são secundarizadas dentro do próprio movimento ALGBTIQ (Assexuais, Lésbicas, Gays, Bis, Trans, Intersexos e Queers)

*Welynton Almeida e Carla Gabriela Vargas

No último dia 05/12 foi aprovado no CONSUN (Conselho Universitário) a utilização do nome social por Travestis e Transexuais na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

A decisão que entra em vigor no primeiro semestre de 2015, é um importante passo contra a invisibilização de Travestis e Transexuais, que muitas vezes são secundarizadas dentro do próprio movimento ALGBTIQ (Assexuais, Lésbicas, Gays, Bis, Trans, Intersexos e Queers).

A medida é essencial para garantir o básico de dignidade para com as pessoas trans dentro da Universidade. A partir do direito adquirido, travestis e transexuais terão apenas os nomes sociais representados em todos os registros da universidade (crachás, chamadas, moodle, sala de aula virtual, documentação em geral) e poderão utilizar toaletes/vestiários de acordo com sua identidade de gênero.

Até então, os nomes de registro eram mencionados em documentos e até em chamadas, constrangendo as alunas em todo seu percurso acadêmico.

Por que essa medida é importante?

Para uma pessoa trans, o nome de registro simboliza um cidadão que nunca foi, que escolheram/impuseram que fosse, mas nunca a contemplou nem a representou. É um registro não vivido, e por consequência, falso.

Como exposto, temos certeza que esta medida é de extrema importância, porém, há muito a ser conquistado ainda. É extremamente difícil o processo de retificação do nome civil para as pessoas trans; ainda o acesso a readequação de genital é longínquo, árduo e demorado; para a justiça brasileira, transexuais e travestis (até que se retifique no registro) sempre tem o gênero representado por seu órgão genital, ou seja, mulheres trans dificilmente tem acesso à Delegacia da Mulher, por exemplo; ainda não há lei que garanta a segurança/criminalize crimes de ódio contra transexuais e travestis; muitas vezes a transgeneridade ainda é patologizada, isso leva com que o acesso aos hormônios e todos os processos legais de retificação de registro e readequação de genital sejam dificultados.

Desta forma, celebramos a vitória, porém a luta não se encerra, ainda temos muito que conquistar!

*Welynton Almeida e Carla Gabriela Vargas constroem a setorial Juntos! LGBT RS


Link Site UFRGS: http://www.ufrgs.br/ufrgs/noticias/aprovado-o-uso-de-nome-social-para-travestis-e-transexuais-no-ambito-da-universidade/view


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