Professor na rua! Rollemberg a culpa é sua!
Seguindo o exemplo de luta dos professores das universidades estaduais do Paraná, aproximadamente 10 mil professores lotaram, nessa segunda-feira, a praça em frente à sede do governo do Distrito Federal para realizar uma grande assembleia que decidiu por paralisação das atividades.
*João Guilherme
Seguindo o exemplo de luta dos professores das universidades estaduais do Paraná (que estão em greve geral), aproximadamente 10 mil professores lotaram, nessa segunda-feira, a praça em frente à sede do governo do Distrito Federal (Palácio Buriti) para realizar uma grande assembleia que definiu os rumos da categoria diante do descaso da educação na capital do país.
O Juntos!, mais uma vez, compareceu e apoiou, pois a luta pela educação pública de qualidade é de toda a sociedade. A direção do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), controlada pela CUT , mostrou que tem mais medo dos professores organizados do que dos ataques do governo e optou por esvaziar a assembleia, trocando-a por uma negociação fajuta com o governo, que continua a menosprezar a categoria.
Quando a assembleia foi retomada, a direção do Sinpro-DF se mostrava contra a greve, dando crédito ao governo de Rollemberg. Mas a base da categoria, apoiada pelo grupo de oposição de esquerda dos professores, resolveu dar um basta na sua direção burocrática. A pressão dos trabalhadores em apoio à greve, fez com que a direção do Sinpro-DF buscasse uma mediação e proposse uma paralisação. Ficou decidido, então, paralisação de todas as atividades até sexta-feira (27), data em que será realizada uma nova assembleia para discutir a possibilidade de greve.
Rollemberg (PSB) abriu sua governança repetindo o ajuste fiscal promovido por Dilma à nível nacional. Sob justificativa de reduzir os gastos públicos diante do “rombo de quase 7 bilhões de reais deixado pelo governo Agnelo (PT)”, atrasou o salário dos profissionais da saúde e da educação, impôs um parcelamento absurdo das férias, do 13º salário e das horas extras atrasadas dos servidores até julho de 2015 (!), sendo que, durante a campanha eleitoral, afirmou que negociaria com os sindicatos de servidores do GDF. Fora o adiamento do início do ano letivo das aulas para o dia 23 de fevereiro, de forma antidemocrática. Em seguida, apresentou um pacote de aumento de impostos como IPTU e IPVA, aumento de ICMS de combustíveis e telefonia. Maquiadas junto a outras medidas, essas vão pesar no bolso da população, como o aumento da tarifa de água.
O resultado da Assembleia, realizada no início da semana, foi uma grande conquista dos professores que querem lutar e não aceitam as algemas do governo e da direção do Sindicato!
Na próxima assembleia, na sexta-feira (27), estaremos juntos, levando nosso apoio e força para a continuidade da luta. Professor na rua! Rollemberg a culpa é sua!
*João Guilherme é professor da rede distrital e militante do Juntos!