Estudantes de escola de Itatiba se mobilizam contra autoritarismo de diretor
Ontem (24/09) a juventude de Itatiba foi reprimida pelo diretor da escola Manuel Euclides Brito –MEB.
Segue abaixo relato do estudante Vinícius da Costa Vaz sobre mobilização nas escolas de Itatiba, no interior de São Paulo. O Juntos! denuncia a falta de democracia que existe na maior parte das escolas do Brasil. Todo estudante tem direito de se organizar e lutar, em defesa da escola que queremos. Todo apoio a Vinícius e aos estudantes de Itatiba!
Em reunião feita previamente com o dirigente de ensino de Jundiaí, foi-nos informado que havia sido encaminhado um email para as escolas, autorizando a entrada da “Comissão da Juventude”, que está trabalhando para realizar a 1º Conferência Municipal da Juventude, então fomos de escola em escola, inclusive, muito bem recebidos em algumas delas. Porém, quando chegamos ao “MEB” o diretor bloqueou nossa entrada e informou que o Grêmio Estudantil da Unidade de Ensino iria fazer o trabalho de divulgação, porém o Grêmio não integrava essa comissão, então não saberia passar as respectivas informações, como então faríamos para ter o contato com a juventude do “MEB”?! Foi ai que decidimos ir com o carro de som da porta da escola falar diretamente com a juventude na RUA! Chegamos entorno de 18h00 e os alunos são liberados às 18h20, antes mesmo da saída o tal diretor já veio “informar” que isso era proibido, pois ali era uma escola e iria atrapalhar a aula, nós rebatemos esse argumento e dissemos que ficaríamos somente na saída, então ele saiu de perto do carro de som. Quando os alunos foram liberados a companheira Cris Borges, do movimento sindical, deu início a fala e por incrível que pareça ganhamos um “super apoio” dos estudantes, logo em seguida ela passou a palavra para o Presidente do Grêmio Estudantil da E.E Prof. Oscarlina A. Oliveira, Vinícius da Costa (EU!), quando comecei a falar com a juventude e disse que “O MOVIMENTO FOI REPRIMIDO NESTA ESCOLA!”, o que realmente aconteceu, o diretor partiu para cima de mim e começou a apontar o dedo para minha cara, me empurrar e a puxar o microfone, parando somente quando um grupo de pessoas puxou o gestor para trás, os alunos o vaiaram e nos aplaudiram e gritaram muito a nosso favor. Sinto que a energia que a juventude passou e as nossas palavras foi um grito da juventude do MEB, que estava sufocada de provavelmente sofre com isso diariamente, realmente falar com esses jovens que são esquecidos perante à cidade, foi gratificante representar esses alunos na luta por mais direitos. Depois do ato o diretor veio querer dialogar dizendo que ele estava certo e nós errados, argumentos típicos de um ditador, mas JUNTOS vamos vencer essa batalha e o movimento secundarista ganhará força.