Estamos entrando no segundo semestre de 2020 e a pandemia do Covid-19, e com ela várias crises, ainda não tem prazo para terminar. Com a política de morte de Bolsonaro, várias vidas são colocadas em risco com o afrouxamento do isolamento social baseado nos seus discursos.

A juventude é uma das mais afetadas com a precarização do trabalho e da educação que se atenuaram nesse período. Evasão escolar, desistência do Enem, ineficiência do Ministério da Educação, dificuldade no acesso a educação superior; são vetores de um projeto de esfacelamento da educação que se aprofunda ainda mais.

Diante de tudo isso, precisamos da construção de um ensino que combata as desigualdades sociais e econômicas historicamente presente na vida de vários estudantes. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de valorização dos Profissionais da Educação(Fundeb), é um mecanismo utilizado para distribuir de forma igualitária recursos financeiros para os estados, afim de fazer a manutenção da educação de praticamente todos os municípios, desde a creche até o ensino superior. Vale destacar também, que mais da metade dos gastos na educação do país é financiado com recursos desde fundo.

O Fundeb que está em vigência atualmente foi criado por uma PL em 2007 e valeria por 14 anos, ou seja, no ano de 2021 não terá mais validade. Surge, então, a necessidade da aprovação de um novo Fundeb. Está em votação hoje(20) na Câmara dos Deputados a PEC 15/2015 que torna o fundo permanente e que aumenta em 10% os repasses da União para o fundo. No entanto, o governo Bolsonaro, que já é declarado inimigo n° 1 da educação, propõe que a renovação do Fundeb ocorra somente a partir de 2022 e que metade do acréscimo do repasse da União deixe de ir para o fundo e vá para programas sociais como o Renda Brasil.

Nós, estudantes secundaristas, exigimos que o novo Fundeb seja votado já e que a PEC seja aprovada de forma que garanta todas as reivindicações reais dos estudantes. Retirar repasses do fundo para aplicar em outros programas, que também são essenciais, é dar a opção as pessoas de escolherem entre ter uma educação de qualidade ou ter acesso a assistência social, o que é de extrema covardia.

Não podemos permitir o fechamento das nossas escolas, não podemos permitir a destruição da nossa educação e, principalmente, não podemos a permitir a retirada dos nossos direitos já conquistados.
Por um Fundeb que possibilidade o ingresso da juventude periférica, negra, indígena, nas universidades. Vamos todos reafirmar a nossa luta.
Nenhum estudante pode ficar para trás!

#NovoFundebJÁ