Auxílio fica, Bolsonaro sai: por renda básica permanente, que os bilionários paguem a crise!

        A gravidade da pandemia no Brasil, além de milhares de mortes, vai deixando grandes sequelas econômicas e materiais para a classe trabalhadora e o povo pobre. A ameaça à estabilidade para diversos setores do funcionalismo público (como os trabalhadores do Correios, que fazem uma heroica greve no país contra a privatização!) se consolida com a […]

10 set 2020, 09:37

        A gravidade da pandemia no Brasil, além de milhares de mortes, vai deixando grandes sequelas econômicas e materiais para a classe trabalhadora e o povo pobre. A ameaça à estabilidade para diversos setores do funcionalismo público (como os trabalhadores do Correios, que fazem uma heroica greve no país contra a privatização!) se consolida com a reforma administrativa e o canto da sereia de Paulo Guedes, que pinta professores e agentes comunitários de saúde como privilegiados, enquanto o governo dá 1 bilhão de reais em isenção de impostos para igrejas. Apenas nos últimos 4 meses, 3 milhões de brasileiros e brasileiras ficaram sem emprego. Sendo essa realidade ainda mais dura para as mulheres, onde até 52% das mães com filhos pequenos perderam renda.

      Além da perda do emprego e da renda, agora também enfrentamos a alta nos preços dos alimentos e no corte do auxílio emergencial a partir deste mês de setembro. Mesmo que em capitais como São Paulo, Florianópolis, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Vitória e Curitiba, o preço da cesta básica ultrapasse os 500 reais, o governo anunciou que até dezembro serão pagos parcelas de 300 reais, sendo 600 para mães de família, sendo que muitos não receberam a quarta parcela. Esse corte é de uma irresponsabilidade gigantesca com milhões de brasileiros que passaram a depender do auxílio para sobreviver.  Atualmente, em 25 estados brasileiros há mais pessoas recebendo auxílio emergencial do que trabalhando com carteira assinada, representando o resultado da reforma trabalhista que jogou milhões de brasileiros na informalidade e na precariedade.

    O governo federal além de negacionista, atuou nessa pandemia para salvar os grandes bilionários, que aumentaram seu patrimônio mesmo diante da crise. Até mesmo as verbas liberadas para os estados para a construção de hospitais de campanha, compra de leitos e respiradores, foram desviadas em diversos estados, marcando a profunda desigualdade da pandemia, com o povo pobre morrendo sem mesmo conseguir leitos nos hospitais. Depois de propor absurdos 200 reais para o auxílio emergencial, agora o governo surfa no aumento de popularidade que o auxílio ajudou a proporcionar. 

  Nós do Juntos!, ao lado da combativa bancada do PSOL no Congresso Nacional, estivemos na batalha por um programa de emergência aos estudantes e trabalhadores desde o início da pandemia, que colocasse a garantia ao isolamento como direito e a vida como prioridade. Por isso denunciamos o absurdo que representa o corte do auxílio emergencial na vida de milhões de famílias brasileiras e a farsa desse governo que com verniz ou sem verniz democrático, segue sendo autoritário, negacionista e contra o povo. 

Não ao corte do auxílio emergencial!

Por renda básica permanente!

Fora Bolsonaro!

*Fabiana Amorim, diretora da UNE e do Juntos! RJ

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