Por que 21 de janeiro é o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa?
Mãe Gilda

Por que 21 de janeiro é o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa?

Hoje, em especial, é o dia de lutar por um estado laico de fato e que respeite todos os tipos de crença, com políticas públicas para promoção da igualdade e reparação às religiões que historicamente vem sendo atacadas.

Ketson Neres 21 jan 2021, 17:14

Hoje, 21 de janeiro, é o dia nacional de combate à intolerância religiosa, data que homenageamos Mãe Gilda de Ogum que faleceu após uma complicação na saúde causado por um ataque do jornal “Folha Universal” que estampou em sua capa foto de Mãe Gilda com roupas de sacerdotisa com o título de noticiário “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”. Mãe Gilda teve sua casa invadida e seu marido foi agredido. Após o ataque, Mãe Gilda sofreu um infarto e faleceu no dia 21 de janeiro de 2000.

Após 7 anos do ataque, instituiu o Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa, dia 21 de janeiro de 2007, sancionada pelo governo federal. Somente após esta sanção, é possível contabilizar as taxas e relatos de casos de agressão e racismo religioso.

As religiões de matriz africana e indígena têm um grande histórico de perseguição no Brasil que iniciou no período escravocrata. Nos dias atuais essas religiões sofrem ataques com o crescimento do neopentecostalismo nas igrejas protestantes, que também está presente em regiões periférica das grandes cidades, onde os terreiros, historicamente, estão alocados. E com a conversão, onde líderes religiosos fundamentalistas catequizam os povos originários, uma verdadeira atitude de genocídio e apagamento religioso e cultural dos povos nativos brasileiro.

Com o crescimento gigantesco do movimento neopentecostal dentro das religiões protestante, cresce também o fundamentalismo religioso. Os fundamentalistas são conservadores e seguidores “fiéis” dos fundamentos de sua religião. As consequências com o crescimento do fundamentalismo religioso são os ataques a praticantes de religiões que não possui o mesmo credo, levando assim, o crescimento do racismo religioso no Brasil.

Hoje, em especial, é o dia de lutar por um estado laico de fato e que respeite todos os tipos de crença, com políticas públicas para promoção da igualdade e reparação às religiões que historicamente vem sendo atacadas.


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