A situação da pandemia no Brasil não tem perspectivas de melhora. O culpado por esse cenário, Bolsonaro, representa o pior da sociedade, com sua política de morte contra os pretos e pobres, que expõe milhões de pessoas todos os dias ao vírus, nega os efeitos da doença, estimula o uso de medicamentos sem nenhuma comprovação científica no tratamento da COVID, incentiva massacres policiais nas periferias das cidades – como na chacina em Jacarezinho – e ainda faz de tudo para acabar com a educação pública no país, a exemplo do corte brutal no orçamento da UFRJ que pode fazer a universidade fechar as portas. 

Os ataques que vivemos desde a eleição de Bolsonaro são enormes. Mas também é enorme o ódio social contra esse governo. O Fora Bolsonaro unifica todas as esferas da sociedade que estão em luta hoje. As milhares de morte e os milhões de contaminados; a destruição avassaladora do meio ambiente; a violência policial nas periferias durante a pandemia; os ataques aos nossos direitos trabalhistas e aos serviços públicos; a ausência de um auxílio emergencial para ampla parcela da população; o estímulo a violência contra as mulheres e LGBTQI+; o negacionismo científico; a falta de perspectiva de vacinação em massa e o aumento da miséria são alguns dos motivos que não nos deixam mais dormir, que nos dão gás para voltar às ruas por todo o país e não esperar as eleições de 2022 para derrotar bolsonaro. Essa tarefa é pra hoje!

Os alvos da vez são as Universidades Federais, que podem a qualquer momento fechar as suas portas por falta de orçamento. O movimento estudantil se levantou novamente contra os ataques à educação e disse em alto e bom som no ato do dia 14/05 com 4 mil pessoas na UFRJ: BASTA! As ruas voltaram a ser ocupadas com o sentimento de que sem luta, não há vitórias possíveis. Em São Paulo, a situação das universidades estaduais também é muito grave. Os cortes e a falta de investimento em permanência estudantil, falta de espaços democráticos para os estudantes se manifestarem, falta de contratação de professores e a possível demissão dos trabalhadores terceirizados das estaduais também exigem que os estudantes se posicionem e voltem a ocupar as ruas como método de luta.

O movimento estudantil tem uma importância fundamental na disputa de consciência e rumos da sociedade brasileira. Tivemos um papel de enfrentamento e de disputa de maioria social em momentos decisivos da nossa história, desde a ditadura empresarial militar de 1964, mas também mais recentemente como em Junho de 2013, nos atos contra a Copa e nas ocupações secundaristas. Já durante o governo de extrema direita de Bolsonaro, protagonizamos o Tsunami da Educação em defesa da educação pública e contra os cortes nas universidades, sendo a pedra no sapato dos planos privatistas do governo.  

Os ataques às universidades federais da vez não dizem respeito apenas às instituições de ensino público federal, mas sim ao conjunto da educação pública nacional e, portanto, é responsabilidade de todo o movimento estudantil repudiar fortemente os ataques. O dia 29 de maio está sendo chamado por todo o Brasil como mais um dia de irmos para as ruas lutar pela saída do maior responsável pela brutal crise que vivemos e aquele que quer destruir a educação pública: Jair Bolsonaro. Enquanto Bolsonaro continuar na cadeira da presidência, os ataques não vão cessar. Por isso, é dever dos estudantes serem linha de frente dando o exemplo no enfrentamento ao governo. Motivos não nos faltam e a mobilização permanente é a nossa aposta para derrubar de vez o genocida que está no poder. 

Por todo o Estado de São Paulo vamos nos somar às mobilizações contra o fechamento das Universidades Federais, em defesa da educação pública e por Fora Bolsonaro. A organização coletiva e a solidariedade serão fundamentais para preservarmos abertas as universidades e para lutarmos por mais investimentos públicos na Educação e seus programas de pesquisa, extensão e permanência estudantil.  Por isso, o Juntos SP está articulando comitês nas Universidades Estaduais USP e UNICAMP, além da UFSCAR, Universidade Federal de São Carlos que também será prejudicada pelos cortes. Queremos construir com todas e todos os estudantes fortes mobilizações no dia 29/05 levando nossas pautas para as ruas junto da indignação que está entalada em nossas gargantas: Em defesa da educação pública e por nenhuma federal a menos. Como dizem os lutadores colombianos, se nós estamos nas ruas é porque o nosso presidente é pior que o vírus!  

Dia 29/05 vai ser o começo da queda de Bolsonaro. Todes às ruas!

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