Junho LGBT e a luta contra o Governo Bolsonaro
2ª Parada LGBTinga realizada em agosto de 2019 em Porto Alegre. Foto: Mandato Luciana Genro

Junho LGBT e a luta contra o Governo Bolsonaro

No mês do orgulho LGBTQIA+, relembramos a revolta de Stonewall. Para lutar contra Bolsonaro, façamos Stonewall de novo em defesa da vida!

Emanuelle Lourenço e Rafael Aldab 17 jun 2021, 08:34

Começamos o mês do orgulho LGBT após uma grande mobilização que foi o 29M. A luta por vacina, comida no prato e em defesa da educação moveu milhões de pessoas pelas ruas de todo o Brasil.

Desde a Revolta de Stonewall, em 1969, o movimento LGBT vem sendo protagonista de grandes manifestações por mais direitos para nossa população.

Talvez nem todo mundo saiba, mas o mês carrega toda essa simbologia porque no dia 28 de junho de 1969, em Nova Iorque, a população que frequentava o bar Stonewall In, majoritariamente LGBTQI+, se insurgiu contra as frequentes batidas policiais. O levante contra a perseguição policial de que eram alvo as pessoas LGBTQI+ durou duas noites e esse movimento, no ano seguinte, organizou a primeira parada do orgulho LGBTQI+, realizada no dia 1º de julho de 1970.  

Quem quiser saber mais pode assistir esse vídeo da Lorelay Fox e também fica a dica do filme Stonewall – A Luta pelo Direito de Amar

Em 2019, demos mais um grande passo com a criminalização da LGBTfobia no Brasil mas não podemos parar por aqui. O Brasil ainda é o país que mais mata LGBTs no mundo e com a eleição do reacionário Jair Bolsonaro as coisas só pioram.

De acordo com o relatório Observatório de Mortes Violentas LGBTI+ no Brasil – 2020 ,publicado pela Acontece Arte e Política LGBT+ (AAP), de Florianópolis e pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), pelo menos 237 pessoas morreram vítimas da LGBTfobia no ano passado. Segundo pesquisas do GGB, a cada 36 horas uma LGBT+ é assassinada ou comete suicídio, pondo o Brasil no primeiro lugar do ranking mundial de crimes contra essa população.

Com a pandemia da Covid-19 as condições de vida das LGBT+ são ainda mais precárias. A necessidade de ficar em casa para se proteger da contaminação pelo vírus é difícil de ser cumprida por quem convive cotidianamente com a violência LGBTfóbica no seio familiar.

Muitas LGBT+ foram atingidas pelo desemprego e vivenciam um contexto de vulnerabilidade com o fim do auxílio emergencial. O acesso à saúde para a comunidade, especialmente para a população de travestis e transexuais, também ficou prejudicado com o colapso do SUS. Nesse cenário, são muitos os casos de esgotamento mental, que confluem para quadros depressivos e tentativas de suicídio.

Por isso, reafirmar a importância do junho LGBT e da Revolta de Stonewall é fundamental! O movimento LGBT+ é marcado pela rebeldia e pela luta contra o conservadorismo e por mais direitos.

É nesse espírito que precisamos ocupar as ruas, exigindo a deposição imediata de Bolsonaro e da sua política genocida de vírus, fome e bala.

Pelo Fora Bolsonaro e em defesa das LGBTs: façamos Stonewall outra vez!


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