UNIFICOU: A luta dos trabalhadores dos Correios também é a luta dos estudantes!
Foto: CSP Conlutas

UNIFICOU: A luta dos trabalhadores dos Correios também é a luta dos estudantes!

Não há tempo para esperar até 2022, se o governo ameaça acabar com o país, o povo se une e acaba com o governo!

Maraya Melo e Tarsila Amoras 11 ago 2021, 13:04

Bolsonaro tem um plano muito bem escrito para o Brasil: a destruição dos serviços públicos e estatais. Por isso, corta verbas das universidades e institutos federais e ameaça privatizar as estatais, como a Empresa Brasileira de Correios e Teléfragos.

Não é de hoje que os mais de 92 mil funcionários enfrentam os mandos e desmandos destrutivos de Bolsonaro e sua equipe de empresários com sede de lucro acima de qualquer um. Em 2020, os trabalhadores construíram uma greve de 35 dias contra a ameaça de privatização e a negligência da empresa com os trabalhadores diante da pandemia do COVID-19.

Mas, de fato, o que significa a privatização de uma das maiores estatais brasileiras? Os Correios hoje é responsável por entregar livros didáticos e insumos médicos em inúmeras escolas e hospitais públicos das centenas de municípios em um país de tamanho continental. Se passado o seu funcionamento para uma empresa privada, há o despejo em larga escala dos trabalhadores e a seletividade das entregas, principalmente para os locais mais distantes e instituições públicas. E ainda, basta que vejamos os exemplos da falaciosa eficácia do mercado privado no sistema de telefonia e acesso à internet no Brasil, estes serviços estão apontados dentre os piores do mundo.

Qual empresa comandada pelos gangsters milionários e fiéis às ideias bolsonaristas vai atravessar os sertões mais massacrados no nordeste, ou, enfrentar a Amazônia queimada, ou, encarar os rios e mares furiosos e assim adentrar fundo as desigualdades e misérias em um país devastado? Um país construído para poucos é um Brasil que nega suas próprias contradições mergulhadas em uma política crua e dura, feita pela extrema direita a nível mundial, para a sustentação do sistema capitalista. Dizer não à privatização dos Correios é dizer que não deixaremos que um patrimônio do povo seja uma peça de atendimento às necessidades da burguesia.

O 11 de agosto – Dia do Estudante – deve ser um reflexo da luta em defesa da educação, das universidades e contra a privatização dos Correios. Essa síntese se unifica em uma campanha de derrubada urgente de Bolsonaro já reafirmada pelos mais de 130 pedidos de impeachment que se empilham na mesa de Arthur Lira. Os trabalhadores dos Correios estão organizando uma greve da categoria no dia 17 de agosto, estaremos todos juntos nas ruas do país, transformando-as em nossas trincheiras de luta contra a venda das nossas estatais, assim como no 18 de agosto, dia de greve nacional. Não há tempo para esperar até 2022, se o governo ameaça acabar com o país, o povo se une e acaba com o governo!


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