EDITORIAL: Bolsas ficam, Bolsonaro sai!
Juntos! na CAPES

EDITORIAL: Bolsas ficam, Bolsonaro sai!

Na última semana os estudantes bolsistas do PIBID e da Residência Pedagógica do país inteiro protagonizaram uma importante mobilização fruto do não pagamento pela CAPES das suas já reduzidas bolsas de 400 reais.

Na última semana os estudantes bolsistas do PIBID e da Residência Pedagógica do país inteiro protagonizaram uma importante mobilização fruto do não pagamento pela CAPES das suas já reduzidas bolsas de 400 reais. Se soma a isso, a anunciada redução de 92% do orçamento da CNPq, concretizando uma verdadeira destruição no financiamento da ciência brasileira. Justamente em um momento de profunda crise social que vive a maioria da população, com metade do nosso povo sem saber se terá o que comer no dia de amanhã. Justamente no momento em que a ciência e a educação estão sendo e serão ainda mais fundamentais para reconstruir as tragédias que a pandemia nos causou.

Acontece que a maior tragédia do Brasil se chama governo Bolsonaro. Que ao perder cada vez mais apoio da população, tem buscado fazer manobras para viabilizar um programa pré-eleitoral de renda emergencial sem “furar o teto de gastos”, medida constitucional aprovada no governo Temer que limita investimentos sociais. Essa movimentação tem aprofundado crises internas no seu governo, dessa vez, com o Ministério da Economia que segue a cartilha neoliberal do mercado financeiro. Sabemos que não há nenhum interesse do governo Bolsonaro em combater a fome e a miséria que se aprofunda no país. Pois enquanto nosso povo cata restos de lixo para se alimentar, Paulo Guedes envia milhões à paraísos fiscais no exterior, se beneficiando com a alta do dólar que tanto tem afetado o custo da gasolina e dos alimentos.

Fica a cada dia mais escancarado que as bravatas autoritárias de Bolsonaro estão a serviço de um projeto político e econômico que retira direitos trabalhistas, enxuga os investimentos em saúde, ciência, cultura e educação e beneficia os grandes bilionários que estão no comando da agenda do Congresso Nacional e do Diário Oficial. A situação é tão grave que não apenas deixou 60 mil estudantes trabalhadores sem receber suas bolsas no último mês, mas caso não for revertido, coloca a CAPES numa situação de não ter mais verba para pagar aos bolsistas até o final do ano.

Estamos falando de estudantes que necessitam desse dinheiro para sobreviver e pagar suas contas. E por isso demonstraram sua fúria com uma enorme capacidade de auto-organização, promovendo assembleias estaduais e uma vitoriosa assembleia nacional na quinta-feira dia 21 de outubro, que aprovou a construção de atos por todo país no dia 26 de outubro. Nesse mesmo dia, será votado no Senado o PLN 17-21, que destina emergencialmente 43 milhões à CAPES. Mesmo sendo uma verba insuficiente, devemos fazer uma grande pressão nos próximos dias para que seja aprovada e seguir a luta pela recomposição orçamentária da ciência e da educação, fortalecendo os espaços de auto-organização dos estudantes. Daremos uma primeira resposta no dia 26. Mas já alertamos: não vamos parar. Mexeram com o setor que é linha de frente das mobilizações pelo Fora Bolsonaro. Vamos até o fim para garantir o que é nosso por direito e seremos também, a fagulha necessária para derrubar esse governo dos ricos.


Últimas notícias