Ecossocialismo e Amazônia: Juntos! rumo ao X FOSPA.
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Ecossocialismo e Amazônia: Juntos! rumo ao X FOSPA.

Por acreditar que a construção de um mundo diferente é possível, no X FOSPA o Coletivo Juntos! e o Coletivo Juntas! realizarão uma roda de conversa sobre Ecossocialismo e Amazônia. Amazônia de pé, Bolsonaro no chão!

Tarsila Amoras 28 jul 2022, 11:37

O Fórum Social PanAmazônico (FOSPA) tem seu surgimento no âmbito do Fórum Social Mundial e sua 10° edição acontecerá a partir dessa quinta-feira (28/07) até domingo (31/07) em Belém do Pará. Com abrangencia global, reunirá lideranças, povos originários, pesquisadores, movimentos sociais, ativistas e todos aqueles que se movem pela preservação da Amazônia e de seus povos.

Cada vez mais tem se tornado urgente debater sobre a crise climática e o genocídio contra os povos da floresta, afinal, o projeto político do governo Bolsonaro de destruição da Amazônia colocam um alerta vermelho para o Brasil e o mundo. Segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre janeiro e abril de 2022, 5.070 km² foram desmatados na Amazônia Legal, caminhando para um novo recorde, assim como, em todos os últimos anos em que a taxa de desmatamento cresce de maneira assustadora. Confira os dados do meses de abril – caraterizado pelas taxas menores de desmatamento por ter chuvas intensas – desde o ínício do governo Bolsonaro:

2019: 247,39 km²
2020: 407,2 km²
2021: 579,98 km²
2022: 1.012,5 km²

Longe de significarem números no escuro, são reflexos do conflito territorial contra os povos da floresta que lutam diariamente pela sobrevivência frente a expansão do agronegócio e da mineração incentivadas por Bolsonaro. As disputas em uma Amazônia em chamas são dos genocidas contra os defensores da vida, como é Erasmo Teófilo, liderança do Assentamento Lote 69, no município de Anapu no estado do Pará, que hoje mobiliza solidariedade internacional contra os ataques sofridos pelos grandes fazendeiros que buscam avançar com bala e fogo as terras dos trabalhadores rurais do Lote 69.

Nesse cenário, o Brasil é um dos grandes exportadores de commodities a nível mundial, sendo a China e os Estados Unidos seus maiores importadores agrícolas e de minérios. Esse local ocupado – também pela super exportação de carne bovina que bateu recorde em junho de 2022 com 175mil toneladas, segundo a SECEX (Secretaria de Comércio Exterior) -, reflete a contradição de ser o mesmo país que tem 33mil pessoas em situação de fome e que alimenta seu povo com comida envenada pelos quase 5mil agrotóxicos liberados. Com sede nos Estados Unidos, a Cargill é uma das maiores empresas de agonegócio no Brasil e tem atuado incansavelmente na região do Baixo Tapajós, no município de Santarém (PA), contra as resistências indígenas que lutam para que seus territórios não sejam transformados em plantações de soja.

É a história de uma Amazônia em guerra que o governo Bolsonaro quer mascarar e vender ao grande capital, que lucra sob a exploração territorial e dos povos que aqui vivem. Nossa resposta é de radicalizar as lutas e afirmar que a saída é uma só: ecossocialismo ou barbárie! Não há liberdade enquanto o meio ambiente e as pessoas estiverem sendo moeda de troca para o crescimento do sistema capitalista. Assim, por acreditar que a construção de um mundo diferente é possível, no FOSPA o Coletivo Juntos! e o Coletivo Juntas! realizarão uma roda de conversa sobre Ecossocialismo e Amazônia, no dia 30/07 às 15h na sala 115 do Mirante do Rio. Amazônia de pé, Bolsonaro no chão!


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