Enquanto a flotilha atravessa os mares em direção à Gaza, o movimento estudantil ao redor do mundo tem uma tarefa urgente: multiplicar e expandir as mobilizações em defesa de uma Palestina livre e pelo fim das relações econômicas e políticas entre Brasil e israel.

Estamos nos aproximando dos dois anos do início dessa nova etapa, e possivelmente a mais grave, do genocídio palestino. Nossa geração é a primeira da história a acompanhar em tempo real um crime dessa magnitude, uma limpeza étnica e um verdadeiro massacre promovido pelo Estado de israel. Mas somos também a geração que nos EUA, na Europa, no Brasil e em todo o mundo tem se levantado em mobilizações de solidariedade, enfrentando os governos e as empresas que têm sido cúmplices desse genocidío. Mas ainda é necessário expandir nossas iniciativas, para estar à altura do desafio do nosso tempo: a luta por uma Palestina Livre.

Com o anúncio da “Solução Final”, o plano de destruição de Gaza apresentado por Netanyahu e seu governo assassino, a urgência da tomada das universidades e das ruas se agudiza ainda mais. Na última semana, israel anunciou uma nova leva de ocupações ilegais na Cisjordânia, outra face cruel do genocídio. Mas do lado de cá, a corajosa Global Sumud Flotilla é um exemplo histórico de solidariedade ativista e militante ao povo palestino. São mais de 500 militantes, com diversas organizações políticas e partidos, de mais de 44 países, com um único objetivo: romper o cerco ilegal que Israel promove em Gaza, que impede a entrada de todo e qualquer ajuda humanitária, desde alimentos à medicamentos.

Neste momento, a solidariedade internacional tem um papel central: o espaço de debate, nas grandes mídias e na sociedade que estão sendo abertos pela missão da Flotilha precisa ser utilizado para multiplicar as iniciativas de solidariedade e de mobilização. É essa a importância da construção da campanha Ondas de Gaza, que é impulsionada pela coalizão da Global Sumud Flotilha e que o DCE da UnB, nós do Juntos! e outros movimentos parceiros estamos lançando no Brasil a partir dos acampamentos construidos essa semana na UnB e na UFMG e dos outros acampamentos que estão sendo organizados em outras universidades pelo Brasil.

É um chamado global para que nas próximas 3 semanas, possamos construir as mais diversas ações em defesa da Palestina e em solidariedade à flotilha nas nossas universidades e mais locais que sejam possíveis. Nossa tarefa imediata é ampliar a convocação da campanha para todos os lugares, envolver o máximo de centros acadêmicos e DCEs, além de movimentos parceiros que possam participar das mobilizações.

Como muito bem diz o chamado da campanha Ondas para Gaza: não iremos nos silenciar enquanto destroem a Palestina!