6 de junho: Dia de unificar as lutas em SP!
Um ano após o início das jornadas de junho, é preciso unificar as lutas da cidade de São Paulo!
Um ano das jornadas de Junho! Devemos lutar, PODEMOS vencer.
Há um ano, exatamente, a juventude paulistana, na luta contra o aumento da tarifa de ônibus, abria a janela para o maior movimento de massas que o país viveu nas últimas décadas. Pela voz da juventude nas Jornadas de Junho, se expressaram depois milhões de trabalhadores e trabalhadoras em suas greves, ocupações, luta nas comunidades. O povo ganhou confiança em suas próprias forças. Os poderosos e as forças repressivas do Brasil nunca estiveram tão preocupados. Às vésperas da Copa do Mundo, ao contrário do que esperavam os governos e as elites, a principal pauta política são as greves e manifestações. O mundo olha atento ao que vai ocorrer no Brasil nestes dias.
Um novo junho está chegando. O país está marcado por importantes greves. Cruzam os braços diversos setores: a heroica luta dos garis, que desde o Rio, mas também passando pelo ABC, Fortaleza, São Luis mostrou que os trabalhadores da limpeza urbana não são nada invisíveis. Os rodoviários de sete capitais demonstraram quem pode se fazer sentir na luta urbana, apontando a contradição entre o modelo caótico de transporte público e a desvalorização permanente dos profissionais deste setor. Isso sem falar nas greves da educação que acontecem nos quatro estados da região sudeste, da mobilização nacional dos indígenas e dos movimentos amplos que questionam os gastos da copa. Este Junho que recém começa, promete. São Paulo é o epicentro desta nova fase da luta. Concentramos aqui inúmeras lutas decisivas. Contra o apagão hídrico e a política de recortes do governo Alckmin, contra a linha da prefeitura de Haddad de atacar os grevistas. Estão se insurgindo várias categorias: há uma greve geral no funcionalismo público municipal, onde os professores acampam neste momento em frente a prefeitura. As três grandes universidades estão paralisadas, contra os cortes e a política de reajuste zero. O metro e a CPTM estão em campanha salarial prometendo uma paralisação forte para essa semana. Os índios estão se organizando em caravana para chegar no dia seis em São Paulo. Setores dos trabalhadores rurais iniciam uma grande marcha também próximo a essa data.
Podemos vencer. Além das greves, o movimento social tem outra grande inspiração. A luta do MTST contagiou o país e o mundo. A ocupação das construtoras que lucram com a Copa- com o sangue dos nove operários mortos nas obras dos estádios- seguida dos trancamentos de pontes e vias colocou a campanha “Copa sem povo/to na rua de novo” como símbolo da luta contra os gastos da Copa e os desmandos da FIFA. A luta da Ocupação Copa do Povo- a 3 Km do estádio Itaquerão- é o símbolo da resistência. É o coração da luta. A marcha com mais de 25 mil trabalhadores e trabalhadoras Sem Teto tomando as ruas do centro financeiro de São Paulo foi a máxima expressão desta batalha. Contagiados pela coragem do MTST, podemos obter conquistas. Dobrar os governos e a repressão. Precisamos usar o exemplo dos estudantes combativos da USP, da Unicamp e da UNESP para unificar o conjunto da classe e da luta popular. E colocar na ordem do dia a luta contra a repressão que assola o movimento. Dilma ameaça utilizar o exército para evitar as manifestações. Não vamos aceitar calados. Podemos vencer e derrotar a militarização do país durante a copa.
Dia 6, todas as marés, todas as cores, dia de unidade dos setores em luta. Estamos convocando uma grande unidade entre professores, estudantes e servidores de todas as categorias em luta. Precisamos unir as greves da educação. Precisamos ser solidários aos indiciados e processados por lutar. Nossa proposta é unir as greves às lutas populares pela moradia, em apoio ao MTST/Copa do Povo, aos indígenas, aos trabalhadores da CET e do transporte geral. Um novo junho já começou.
6 de Junho: construir um ato em forma de Assembleia de Unidade dos Setores em Luta.
Em memórias dos que caíram! Claudia, DG, Amarildo, Douglas. Desmilitarização da polícia! Desmilitarização do país.
Em defesa dos indígenas.
Copa do Povo, é o coração da luta. Vamos vencer.
Contra os processos aos ativistas de junho. Fim da perseguição aos ativistas de Porto Alegre, Campinas, MPL e de todo o país.
Assinam: JUNTOS, RUA.