Colorindo a pérola do Tapajós: construindo o juntas
No domingo, dia 22/06 dia do aniversário da cidade firmamos então um grande compromisso, dar as mãos e correr atrás de um território nosso que contemple as nossas necessidades.
Rayanna Dolores*
No oeste do Pará, no do norte do Brasil, Santarém vem se caracterizando um pólo de disseminação contundente do feminismo. As raízes férteis que o machismo impregnou na nossa região nos atingem ainda de forma direta, mas já se avista um rechaço à opressão. Ainda causa estranhamento mulheres serem protagonistas da sua própria história, serem figuras públicas e construírem políticas, mas esse cenário está mudando e muito ainda há de mudar.
Na prática, o Juntas foi consolidada há cerca de quatro meses por aqui, dessa forma estamos fazendo um trabalho minucioso de formação para que possamos juntos plantar novas perspectivas que rompam com essas raízes petrificadas e conservadoras, queremos uma Santarém com uma nova roupagem, uma cidade que não criminalize a mulher por querer ser livre, que não agrida a nenhum indivíduo pela sua afetividade, pela sua orientação sexual. Queremos uma cidade para todxs.
No domingo, dia 22/06 dia do aniversário da cidade firmamos então um grande compromisso, dar as mãos e correr atrás de um território nosso que contemple as nossas necessidades, fizemos nossa domingueira político-cultural, que foi de suma importância para a solidificação do Juntos pelo direito de amar e imprescindível para afinarmos nossa intervenção na sociedade, desde já encaminhamos: Em Santarém, vai ter Marcha das Vadias! Nossa cidade vai ser palco da expansão do Juntas no interior do país e nós seremos responsáveis por pintar a pérola do Tapajós de novo, de feminismo, de colorido. Demos o pontapé da nossa nova construção. Transformar, se transformando!
Avante!
*Militante do juntos, Diretora de universidades públicas- UES