Rumo ao Dia Nacional de Luta #ContraOAumentoDaTarifa
2016 já inicia com ajuste. Vamos juntos barrar o aumento das passagens. Rumo às ruas nos atos por mais direitos.
Por Grupo de Trabalho Nacional do Juntos
Após um 2015 intenso, 2016 começa quente, e não poderia ser diferente. Desde outubro do ano passado, mais de 58 cidades sofrem com o aumento da tarifa do transporte público. Sempre importante lembrar que foi um aumento como esse que despertou as multitudinárias manifestações das Jornadas de Junho de 2013. Lutamos para reduzir as tarifas e juntos conquistamos a vitória. Mas também mostramos que não era só por 0,20 centavos. Era para repudiar a política que os partidos da ordem têm construído, para dizer um basta. Era para no cabo de guerra mostrar a força que o povo unido possui, e vencemos a batalha. O legado de que quando se luta é possível vencer, ecoou desde então.
2015 nos mostrou que motivos para lutar não faltam. O pacote de ajustes do governo federal e dos governos estaduais tem dado ao povo o desemprego, cortes na educação e na saúde, sem falar na perda de direitos. A crise da saúde pública no estado do Rio de Janeiro é um exemplo do quão grave são as consequências desses ataques e da irresponsabilidade do governo do Pezão, PMDB. Por falar no partido de Eduardo Cunha, ao apagar das luzes de 2015 o governo de Sartori, também do PMDB, no RS avançou no ajuste fiscal e aprovou um pacote que caminha rumo à privatização e retira mais direitos dos servidores. Sartori que já vinha parcelando salários parcelou também o 13º. Quem agora planeja seguir a risca essa política é o governador de Minas Gerais do PT, Pimentel, com a proposta de parcelamento do salário dos servidores. A unidade dos partidos da ordem para atacar aos nossos direitos não é uma novidade. Um exemplo de como eles atuam juntos para precarizar a vida do povo está em São Paulo, onde Alckmin e Haddad, PSDB e PT respectivamente, acordaram de aumentar juntos a tarifa do transporte. Diante da crise e da recessão econômica que vive o país, os poderosos não tem dúvidas sobre qual receita seguir: ajuste nas costas dos trabalhadores, para manter os lucros e os privilégios dos seus financiadores de campanhas eleitorais.
Mas 2015 também nos deixou um legado: a vitória dos estudantes secundaristas, que se levantaram para defender seu direito ao estudo e à escola pública. Filhos das Jornadas de Junho de 2013, aprenderam como se faz política e derrotaram mais uma vez o governador Geraldo Alckmin, do PSDB, e nos ensinaram o caminho para conquistar vitórias.
O transporte público em muitas cidades brasileiras é controlado por máfias que ganham lucros exorbitantes com o aumento da tarifa todos os anos em parcerias criminosas com os prefeitos. E mais uma vez quem sai prejudicado nessa história são os trabalhadores e estudantes que verão grande parte de sua renda se perder pelas catracas da cidade. Para alguns, significa um livro a menos para ler, para outros um lanche a menos durante o intervalo, para muitos é o aperto com a alimentação em casa ou a proibição de ir e vir na sua própria cidade.
Com a força das lutas dos secundaristas e das mulheres de 2015, vamos ocupar as ruas contra esse aumento. São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte já dão ao dia 8 a marca de um dia nacional de luta. Convidamos todos a se somarem a esses atos, porque se a tarifa veio quente, nóis já tá fervendo.