O governo Bolsonaro acumula uma série de ações, medidas, discursos que aprofundam o desmonte de direitos e reforçam sua política anti povo, é assim nos setores sociais, na educação, na saúde, e também no meio ambiente, e seus ministros refletem esse projeto.

À frente do Ministério do Meio Ambiente está Ricardo Salles, que ocupando esse cargo foi responsável por conseguir desmontar o sistema de proteção ambiental brasileiro, e que agora está sendo alvo de ação do MPF que pede seu afastamento. A política desestruturante de Salles conseguiu enfraquecer leis ambientais, o orçamento da pasta, o sistema de fiscalização, o que ocasionou um aumento no desmatamento, no avanço de garimpos ilegais, grilagem de terras e assassinato e perseguição aos povos indígenas, quilombolas e camponeses.

No segundo semestre do ano passado, a Amazônia enfrentou uma das mais graves queimadas dos últimos tempos, orquestradas por Bolsonaro, que ficou conhecido como “dia do fogo”. Os incêndios se espalharam por todo território amazônida, fruto também do desmonte comandado por Salles aos órgãos de fiscalização como Ibama e ICMBio.

E como se não fosse possível se agravar ainda mais a destruição do meio ambiente, em abril desse ano o desmatamento da Amazônia cresceu 171%, recorde dos últimos 10 anos, superando inclusive os dados das queimadas de 2019 que geraram crise internacional no governo Bolsonaro. O Pará lidera o ranking de desmatamento com 32% da área total desflorestada.

O afrouxamento nas leis ambientais elevou o número de conflitos agrários, abrindo espaço para garimpos ilegais que geram morte dos povos indígenas, a exemplo do que vem acontecendo com os Yanomami em Roraima. E o relaxamento na fiscalização permite que grileiros avancem sobre terras públicas, de conservação e terras indigenas.

Mais recente, tivemos o episódio da reunião ministerial onde Ricardo Salles diz que era momento de aproveitar a pandemia para “passar a boiada”, ou seja subir o tom na política entreguista do governo e deixar a Amazônia e seus povos nas mãos do capital predatório que  promove a destruição das florestas, das cidades e das nossas vidas.

Salles com esse currículo de ataques ao meio ambiente não pode seguir ocupando a cadeira do ministério. O que Salles vendo operando, com comando de Bolsonaro, são crimes contra as diversas vidas amazônidas. A defesa do meio ambiente deve ser tomada por todos nós com centralidade, fortalecer a luta pela demarcação de Terras Indígenas e quilombolas, contra os desmontes das políticas de proteção ambiental. Por isso, exigimos Fora Salles, o ministro que odeia o meio ambiente. #ForaSalles #ForaBolsonaro