A casa tá caindo, mas não cai de podre: dia 13 nas ruas para derrubar Bolsonaro!
Não é momento para posições que travem a luta. É necessário colocar mais lenha na fogueira desse governo e incendiar as ruas do país.
A cada dia que passa o governo Bolsonaro se complica mais. Ontem, os áudios da rachadinha. Hoje, um ex-diretor do Ministério da Saúde preso em pleno depoimento da CPI. Se antes da CPI já tínhamos uma pilha de crimes que justificassem a necessidade de parar o governo Bolsonaro, que segue com sua sanha golpista e autoritária, com os esquemas revelados no caso do superfaturamento da Covaxin e da fajuta tentativa de venda com propina da AstraZeneca, ficou explícito que além de genocida que não se importa com as vidas do povo brasileiro, Bolsonaro e seus aliados quiseram fazer de nossa desgraça, um momento para encher seus bolsos. A verdade é que nunca estivemos tão perto de derrubar Bolsonaro.
Mas isso só foi possível também pela entrada do movimento de ruas na cena política. Sem ele, setores da burguesia que titubeavam ora ao lado, ora contra Bolsonaro, não teriam se movimentado para responder à indignação crescente com a situação do país e à necessidade de investigação desse governo. Ainda que muitos setores da esquerda, que tentam jogar para as eleições de 2022 a tarefa de tirar Bolsonaro não apostassem, nós já tivemos 3 grandes atos nacionais em centenas de cidades do país. É notório o peso da juventude e o espaço das pautas anticapitalistas nos atos. Mais que derrubar Bolsonaro, estamos indo às ruas nos contrapor a um projeto de sociedade, na busca pela afirmação de algo novo.
A tarefa das direções das entidades e forças políticas, é seguir dando dinâmica e protagonismo às ruas. Para que elas digam qual deve ser o futuro desse governo. Buscando cada vez mais ampliar para novos setores da classe trabalhadora e receber todos aqueles que tenham acordo com a necessidade imediata do impeachment. Mas precisamos entender que a tarefa é para já e não temos tempo a perder.
Nesse sentido, foi muito ruim a decisão que se havia tirado pela Campanha Fora Bolsonaro de após o 19 de junho, convocar atos apenas para o 24 de julho. Corretamente se corrigiu o erro e os atos no 3 de julho foram fundamentais e enormes em todos país. Após aquela movimentação, alguns setores tanto de organizações (como as que compõem a articulação Povo na Rua), mas também de categorias como Correios e FASUBRA, se movimentaram para construir uma nova data que não aguardasse até o final do mês. O 13 de julho foi convocado e está sendo construído por diversas bases, entidades e frentes, como FNL, DCE da UNB, DCE da UFRJ, FANASP, e inclusive chamado unitariamente por centrais e entidades da educação como em BH, pela União Nacional dos Estudantes e pela Campanha Fora Bolsoanaro. Queria destacar o papel lamentável que vem cumprindo a corrente Resistência e o coletivo Afronte, que não quis que as entidades da educação a nível nacional convocassem o dia 13, com o argumento de ser uma data de um setor isolado, sendo eles os únicos a defender essa posição e propondo o dia 20 apenas para não construir o 13.
Não é momento para posições que travem a luta. É necessário colocar mais lenha na fogueira desse governo e incendiar as ruas do país. Não aguardar que as ruas sejam um fator de “pressão” ao Congresso corrupto que na figura do presidente Arthur Lira, senta em cima dos pedidos de impeachment e finge que nada está acontecendo. Esse governo está desmoronando, mas não cai de podre. Devemos ir às ruas de todo o Brasil no dia 13, ao lados dos trabalhadores dos Correios, da educação, do campo e da cidade, anunciando que dia 24 estaremos lá novamente, e só descansaremos quando Bolsonaro estiver Fora e a caminho da prisão.