A conjuntura está marcada pela aceleração dos ataques aos direitos do povo e pelo acirramento da crise socioeconômica com crescente desemprego e alta no preço dos alimentos, gasolina, e energia elétrica – situação promovida por Bolsonaro e sua trupe. Por outro lado, a cada pesquisa divulgada, aumenta o número de brasileiros que rejeitam esse governo, chegando hoje a uma maioria expressiva de 64%. Da mesma forma, por diversos cantos, despontam mobilizações pelas mais variadas pautas: dos servidores públicos contra a PEC 32, dos povos indígenas contra o Marco Temporal, e em várias capitais o enfrentamento aos ajustes fiscais locais se confirmam.

Apesar da profundidade da crise social e das respostas que a luta do nosso povo está gestando, sabemos que a expressão da nossa força poderia estar em nível superior, caso a direção lulista do movimento – expressa em parte da Campanha Fora Bolsonaro – não optasse por atos pouco combativos, alguns convocados às pressas, e distantes entre si. Não podemos ficar reféns de uma tática de sangramento de Bolsonaro, terceirizando a tarefa de derrotá-lo para as eleições de 2022, postura irresponsável e mesquinha que condiciona a necessidade mais vital do nosso povo aos seus próprios interesses. A nossa maioria social anti-bolsonarista precisa de unidade entre todos os movimentos, entidades e partidos, que coesionem a insatisfação popular e construam de maneira decidida um calendário permanente de mobilização e luta na rua pelo impeachment já!

Somos parte dos que se somam na convocatória dos atos nos próximos dias 02 de outubro e 15 de novembro, mas acreditamos que é imperativa a necessidade de fazermos um verdadeiro tsunami antifascista que tome as ruas do país. Para isso, será fundamental a construção de um calendário de mobilização permanente que possa ampliar quantitativa e qualitativamente nossas ações. Se hoje 73% dos estudantes reprovam Bolsonaro e a juventude é parte expressiva da composição dos últimos atos pelo Fora Bolsonaro, é com essa autoridade de convocatória que ocuparemos as ruas e praças do país com a essência radical do movimento estudantil.

Pelo exemplo da juventude, aprovamos os próximos passos para contribuir na coesão e mobilização da vanguarda estudantil: aprovamos na última reunião da diretoria executiva da UNE uma semana de mobilização para os atos do dia 02 – na qual se soma o ato-político cultural que acontece hoje, em Belém do Pará. Também foi consensual a construção de uma plenária da entidade para a semana pós-ato, que encaminhará um calendário próprio, a ser construído junto às entidades estudantis, com atos e ações que contribuam na mobilização pelo Fora Bolsonaro entre os calendários já estabelecidos.

A tarefa mais urgente da nossa geração é impedir que nossos algozes se sintam à vontade para fazer ameaças autoritárias e seguir com seu plano de destruição de nosso país e nosso povo, a exemplo do que fizeram no último 7 de setembro. De nossa parte, em cada canto do Brasil onde o Juntos! existir, insistiremos nessa mobilização: lotando as cidades com lambes antifascistas, panfletando em locais de grande circulação, construindo a partir dos grêmios, DCEs e Centros Acadêmicos, promovendo festivais de arte, música, hip hop, vídeo mapping. Se depender dos estudantes e da juventude brasileira, Bolsonaro não passa nem mais um dia livre. É hora da maioria tomar as ruas!

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Ahh, temos um recado para você: sabemos que a luta contra o fascismo vai além de tirar Bolsonaro do poder. Para ler e pensar sobre essas questões, te convidamos para a edição do Lendo Marx[istas] Juntos! sobre Leon Trotsky: estratégia e tática para derrotar o fascismo, com encontro marcado pra esta quarta-feira, 29/09, às 17h30, via Meets. Inscreva-se!

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