Sem anistia! Ocupar as ruas para punir fascistas e golpistas
Foto: Juntos! Unicamp

Sem anistia! Ocupar as ruas para punir fascistas e golpistas

Agora, é hora de seguir em mobilização permanente contra o fascismo, que não recuará sem luta, para garantir a punição dos crimes do governo Bolsonaro!

Lucas Andrade, Luiz Lima e Sarah Micoski 18 jan 2023, 12:51

Estivemos no dia 09 nas ruas do centro de Campinas, mesmo debaixo de chuva, num ato em defesa da democracia e contra as tentativas golpistas do bolsonarismo. Foi uma resposta articulada rapidamente e uma verdadeira demonstração de força em um momento crítico, mostrando que a gente não vai aceitar e não vai recuar do nosso espaço nas ruas. Porque sabemos que a cada recuo nosso, abre-se espaço para a extrema-direita avançar cada vez mais, e de forma violenta, atacando a democracia e promovendo a aniquilação. E a gente viu isso de forma absurda nas cenas que assistimos no domingo (08/01). E sabemos que não aconteceram do nada: é um processo que já vem sendo gestado não só nas eleições, mas durante todo o mandato do Bolsonaro e com seu silêncio após a derrota eleitoral. Contando ainda com o aval do governador do DF, da Secretaria de Segurança Pública e da polícia militar.

Por isso, foi muito emocionante ver inúmeras vozes gritando de maneira enérgica “Sem anistia”, “Anistia não, Bolsonaro na prisão!”. E de fato, quando a gente olha pra história do nosso país, vemos que ela é marcada por episódios de perdão a criminosos e inúmeras impunidades, como vimos ao fim da Ditadura Militar. Tomar as ruas não só em Campinas, mas no país todo, foi uma resposta para deixar claro que não admitiremos isso nem aqui e nem em qualquer outro lugar do país. E mais do que isso, para demonstrar que não aceitaremos a impunidade para os responsáveis dessas atrocidades, pelo genocídio da pandemia de Covid-19, pela invasão e destruição de terras indígenas, pela mortes de inúmeras lideranças perseguidas e massacradas nos últimos anos. O que a gente precisa é aproveitar o enorme repúdio em todas as camadas da sociedade brasileira e pressionar nas ruas para que estes crimes não continuem impunes, e por isso traz muito ânimo ver que toda essa gente está disposta a lutar para não repetir os erros do nosso passado.

Nós, enquanto movimento estudantil, estivemos mobilizados durante estes anos e vínhamos anunciando que para derrotar esse projeto, não bastava que a gente derrotasse o Bolsonaro nas eleições. Agora, precisamos continuar em mobilização permanente para defender a democracia e as instituições democráticas contra o autoritarismo e o fechamento do regime, que é o que Bolsonaro quer fazer desde que assumiu a Presidência. Para isso, é necessário confiar na mobilização das mulheres, dos trabalhadores, dos negros, indígenas, LGBTs, trabalhadores de apps, enfim todos os setores oprimidos, que não fugiram de seu compromisso e estiveram nas ruas no dia 9 contra essas ações terroristas.


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