Mulheres: ocupem Wall Street!
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Mulheres: ocupem Wall Street!

Não é a primeira vez que escrevemos sobre o papel das mulheres nas mobilizações pelo mundo. Desta vez, achamos muito importante reivindicar a participação das mulheres no movimento occupy wall street. Os ventos da primavera árabe, que voaram pela Europa, agora passam no centro do capitalismo financeiro mundial.

Giulia Tadini 21 out 2011, 01:15

Não é a primeira vez que escrevemos sobre o papel das mulheres nas mobilizações pelo mundo. Desta vez, achamos muito importante reivindicar a participação das mulheres no movimento occupy wall street. Os ventos da primavera árabe, que voaram pela Europa, agora passam no centro do capitalismo financeiro mundial. E nós, mulheres, também somos parte dos 99% que se indigna contra o 1% governante e corrupto.

Naomi Klein em seu discurso em frente a bolsa de valores de Nova Iorque, ao afirmar que Occupy Wall Street é hoje o movimento mais importante do mundo, disse: “Se há uma coisa que sei, é que o 1% adora uma crise. Quando as pessoas estão desesperadas e em pânico, e ninguém parece saber o que fazer: eis aí o momento ideal para nos empurrar goela abaixo a lista de políticas pró-corporações: privatizar a educação e a seguridade social, cortar os serviços públicos, livrar-se dos últimos controles sobre o poder corporativo. Com a crise econômica, isso está acontecendo no mundo todo. Só existe uma coisa que pode bloquear essa tática e, felizmente, é algo bastante grande: os 99%. Esses 99% estão tomando as ruas, de Madison a Madri, para dizer: ‘Não. Nós não vamos pagar pela sua crise”[1].

Vanessa Zettler, uma das líderes do movimento também falou um pouco do caráter do movimento: “No começo, quem estava organizando era um grupo jovem, classe média e branco. Mas um grupo consciente que queria trazer todas as outras vozes para cá. A gente luta por isso. É uma agenda política ampla”[2].

Vanessa e Naomi não são as únicas mulheres presentes não só no acampamento em Nova Iorque, mas nos demais espalhados pelo país. Neste vídeo: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=79QaklzY0YE podemos ouvir depoimentos de mulheres dizendo o porque estão participando dos protestos.

O movimento se organiza de forma democrática e ampla. Todas as bandeiras são bem-vindas. E neste sentido, pautas feministas também estão presentes, trazendo visibilidade para nossas reivindicações. Em Occupy Chicago, feministas estão construindo o movimento[3], mostrando como pessoas marginalizadas pelas suas identidades também sofrem o impacto com a crise econômica.

Após uma semana do 15.O – ato mundial por democracia global, que levou milhões de mulheres e homens às ruas, podemos afirmar que a construção coletiva e os protestos de ruas estão se consolidando como uma forma diferente de participação política e construção de alternativa. Esses movimentos nos inspiram, para que em nossa realidade, também sejamos protagonistas das lutas, defendendo nossas pautas, lado a lado com o povo: por mais democracia e contra as velhas formas de se fazer política.

[1] http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18653

[2] https://fbcdn-sphotos-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/298991_10150321970556444_555606443_8121736_1588027093_n.jpg

[3] http://www.facebook.com/pages/Feminists-Unite-for-Occupy-Chicago/292572340771018?sk=info


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