Indignados em defesa da educação: a greve nas federais é nossa trincheira!
A luta nas universidades federais, que hoje já conta com adesão de quase 50 das 59 universidades no Brasil (sendo desta mais de 15 em greve estudantil), está ganhando cada vez mais força.
A luta nas universidades federais, que hoje já conta com adesão de quase 50 das 59 universidades no Brasil (sendo desta mais de 15 em greve estudantil), está ganhando cada vez mais força. Hoje, essa luta é o ponto mais alto da defesa da educação no Brasil. A verdadeira rebelião de professores, servidores e estudantes está marcando o período. Enquanto assistimos o espetáculo deplorável da CPI do Cachoeira, a educação no Brasil vive sua dura realidade.
A precarização do ensino público, com sucateamento da universidade, salas de aula sem estrutura adequada, laboratórios sem equipamentos ou que estão ultrapassados. Isso é reflexo de uma política de expansão desenfreada e sem investimentos para a educação. Um grande vilão dessas entepéries tem nome e consequências: REUNI. Este programa que visa ampliação de vagas no ensino superior federal, não trás garantias de melhorias na infraestrutura, investimento financeiro e, muito menos, a garantia de assistência estudantil.
Os exemplos de mobilizações no Brasil, entrando num ritmo mundial, no qual vem dando esses sinais desde 2011 com a mobilização chilena que marcou a luta estudantil pela gratuidade e investimentos na educação, foi e ainda são os grandes exemplos para todos,visto que os estudantes mostraram a luta nas ruas, envolvendo todo o país. Tornaram-se palco de mobilizações com mais de 1 milhão de pessoas. Não distante a greve nacional dos estudantes espanhóis e a rebelião estudantil em Quebec, no Canadá, são os mais recentes movimentos internacionais que trazem consigo a alegria da juventude e a seriedade de suas reinvidicações por uma educação de qualidade e contra o sistema que mantém essa exclusão e precarização da educação.
Esse movimento mundial, no qual os de baixo já não suportam ser explorados chega ao Brasil com várias formas e rostos, com as bandeiras das liberdades democráticas, olhando para o passado recente de resignações e almejando um novo futuro. As marchas trazem a tona vários pressupostos e quebra tabus, em especial a recente Marcha das Vadias, que passou pela segunda edição no Brasil, tendo grandes manifestações concomitantes a greve nas federais. Esse é o papel dessa juventude que luta por educação de qualidade, mais também por suas liberdades, e que vai às ruas em busca disso.
O que fazer? Unidade da esquerda para lutar, com democracia nas universidades.
Neste momento, se faz mais importante a unidade de tod@s @s lutadores/lutadoras para seguirmos construindo e apoiando as próximas lutas. Essa unidade é necessária para avançarmos nas mobilizações e garantirmos vitórias.
Somos protagonistas da nossa própria história. E essa história deve ser contada por todos. Por isso, a necessidade também de organizar a luta na base das universidades conjuntamente aos estudantes, proporcionando espaços de amplo debate e construção das pautas, organizando comandos locais democráticos, organismos de base, Diretórios e Centros Acadêmicos, dando a tônica.
O Exemplo da UFU (Universidade Federal de Uberlândia) deve ser seguido. Assémbleias de base, nos cursos e faculdades, comando de greve dos estudantes, unificando intensas manifestações com pautas próprias dos e das estudantes, docentes e técnicos, são formas de como ser democráticos dentro da luta. A UFOPA (Universidade Federal do Oeste do Pará) em greve unificada e numa luta direta contra a corrupção da administração superior também é nossa trincheira a ser seguida. Se o exemplo arrasta, devemos ter novas UFU’s e UFOPA’s em todo o Brasil.
A Marcha em Brasilia que aconteceu ontem (05/06) contou com mais de 15 mil pessoas nas ruas lutando por educação de qualidade. Esse evento foi a prova da necessidade de ter a unidade da esquerda lutando lado a lado.
Após a marcha, foi aprovado em assembléia o indicativo de construção do comando nacional de greve e do calendário de lutas:
11,12 e/ou 13 de junho – Atos e mobilizações nas universidades;
18 de junho – reunião do comando de greve no Rio de Janeiro, antes da Cúpula dos Povos;
20 de junho – Grande Marcha da Cúpula dos Povos, comuma grande coluna das Federais.
Mais vale o que será: por um outro futuro!
O Juntos está na mobilização, apoiando e construindo juntamente com todos e participando ativamente de norte a sul em todas as universidades que estamos. O novo se abre e sabemos que a Greve da Educação também é a Greve dos Indignados brasileiros. O(A) culpado(a) nós sabemos. Um governo inconsequente com as necessidades básicas dos trabalhadores.
Sejamos o construtor da nossa história! Vamos Juntos!