Nas últimas semanas quem não se comoveu com a história da estudante indiana, de 23 anos, que após uma sessão de cinema foi violentada no caminho de casa? Nas páginas de jornais do mundo todo o caso teve repercussão. Sua morte gerou uma onda de protestos por toda a Índia, levando milhares, sobretudo mulheres, para as ruas.
*Por Giulia Tadini
Nas últimas semanas quem não se comoveu com a história da estudante indiana, de 23 anos, que após uma sessão de cinema foi violentada no caminho de casa? Nas páginas de jornais do mundo todo o caso teve repercussão. A jovem não resistiu aos ataques. Sua morte gerou uma onda de protestos por toda a Índia, levando milhares, sobretudo mulheres, para as ruas.
A pressão é tão grande, que o governo indiano vem tentando dar respostas a impunidade. Na Índia casos de estupro não são exceção no cotidiano das mulheres. No campo jurídico as indianas enfrentam uma situação muito mais difícil que as brasileiras. Não existe um dispositivo legal como a Lei Maria da Penha por exemplo. Apesar de que cada 20 minutos uma mulher seja violentada na Índia, somente um entre cada quatro casos o violentador é condenado. Milhares de mulheres aprendem desde criança a usarem roupas folgadas e sempre evitarem andarem nas ruas de noite. Mas será que isso é apenas realidade nas vielas indianas?
Os protestos não param. Neste começo de janeiro, as ruas de Bangladesh, Sri Lanka e Paquistão também estão sendo ocupadas contra a violência sexista. São indignadas contra a impunidade! São mulheres que ocupam as ruas para poderem andarem livremente por onde bem quiserem. Nós estamos acompanhando, como milhões no mundo todo os desfechos. Mas podemos ter certeza, que a luta das mulheres na Índia não será a mesma de antes.No Brasil também seguiremos ocupando as ruas em combate à violência contra a mulher. A luta das mulheres é internacional!
*Giulia é militante do Juntas e do Juntos SP.