Grécia: Milhares de pessoas concentram-se em Atenas em dia de greve geral
O centro de Atenas encheu-se esta quarta-feira de milhares de manifestantes que protestam contra as medidas de austeridade implementadas pelo governo e contra um novo plano de ajuda externa. Transportes públicos, serviços públicos, saúde e educação paralisaram.
Milhares de manifestantes concentraram-se no centro de Atenas em resposta ao apelo lançado pela Confederação de Trabalhadores da Grécia (GSEE), que representa 1,5 milhão de pessoas, e o Sindicato de Funcionários Civis (ADEDY), que representa outros 700 mil.
Empunhando cartazes contra o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia, os gregos exigem que “os ricos paguem a crise e não o povo”, e apelam ao povo para que não baixe a cabeça e não se deixe vencer.
Vassilis Xenakis, representante de um sindicato do sector público, afirmou à BBC Radio 4 que “há um ano, o governo anunciou e tomou algumas medidas contra os funcionários públicos, contra os trabalhadores, contra os salários” e “o resultado foi que a população ficou mais pobre, os mercados estão congelados, não há crescimento, não há produtividade e ninguém investe”. Agora, adianta Vassilis, “o governo volta a pedir mais medidas, mas quem é que pode aceitar novamente essas medidas sem resultados?”.
Lojas fechadas, voos cancelados, transportes públicos paralisados, escolas encerradas e hospitais em serviços mínimos. Este foi o cenário com que se deparam os atenienses logo pela manhã.
Também os jornalistas aderiram à greve de 24 horas que juntou a função pública e o sector privado contra as políticas de austeridade e os planos de privatização do governo.
Segundo noticia o El Pais, as autoridades gregas utilizaram gás lacrimogéneo para dispersar alguns manifestantes, sendo que um agente ficou ligeiramente ferido e pelo menos cinco manifestantes foram transportados de ambulância para o hospital.
As autoridades gregas apontam para um total de 20.000 manifestantes em Atenas.