Mobilização na Espanha contra os políticos, empresários e banqueiros
Milhares de pessoas, a maioria jovens, foram mobilizadas em 50 cidades espanholas no domingo para repudiar os “políticos”, “empregadores”e “banqueiros” ; denunciar as medidas financeiras dos governos e organizações internacionais que destroem as pessoas “comuns “; exigir “mais democracia”, rejeitar o modelo econômico neoliberal e o atual modelo de “ditadura partidocrática”.
18 maio 2011, 17:19
Por Armando G. Tejeda – Correspondente de La Jornada
Tradução: Marcello Barra
No final do protesto em Madrid a polícia dispersou os manifestantes com balas de borracha.
Redes sociais na Internet são vitais para a divulgação das marchas em 50 cidades.
Redes sociais na Internet são vitais para a divulgação das marchas em 50 cidades.
Descontentamento em Madrid com o aumento da pobreza, o desemprego e a falta de oportunidades para os jovens.
Milhares de pessoas, a maioria jovens, foram mobilizadas em 50 cidades espanholas no domingo para repudiar os “políticos”, “empregadores”e “banqueiros” ; denunciar as medidas financeiras dos governos e organizações internacionais que destroem as pessoas “comuns “; exigir “mais democracia”, rejeitar o modelo econômico neoliberal e o atual modelo de “ditadura partidocrática”.
O protesto foi pacífico, mas ao fim de algumas manifestações se produziram violentos choques, dispersados pela polícia nacional com balas de borracha, gás e cassetetes para os cidadãos “indignados”, e que parou o tráfego em algumas ruas importantes, como a madrilenha Gran Via.
Esta mobilização cidadã surgiu de um pequeno conglomerado de organizações e cidadãos anônimos como Juventude sem futuro, Ecologistas em Ação, ATAAC ou Intermón Oxfam, que decidiram criar a plataforma Democracia real JÁ, e chamar protestos nas 50 principais cidades espanholas para expressar seu profundo mal-estar diante da situação atual e da campanha eleitoral hegemônica, na qual se decidirá os governos municipal, provincial e autônomos da maioria do país, em apenas uma semana, dia 22.
Em todos os protestos, as redes sociais foram vitais, tanto para a difusão da mensagem e do evento, como para apresentar os pormenores das mobilizações. “Sem pão, não há paz”,” não voto neles”,” não somos mercadoria nas mãos dos políticos e dos banqueiros”,” contrato de lixo, escravo livre ” foram algumas das consignias dirigidas à “ditadura partidocrática” e que comanda as políticas econômicas e financeiras.
Em todas as manifestações se leu um manifesto que explica claramente o aparecimento deste novo movimento social, contestatório e que é uma mostra a mais do mal-estar social perante o aumento da pobreza, o desmantelamento gradual do Estado do bem-estar (o ‘welfare state’), os quase cinco milhões de desempregados só na Espanha e a falta de oportunidades para os mais jovens.
No texto, a plataforma explica: “Alguns de nós se considera mais progressistas, outros mais conservadores. Alguns crentes, outros não. Alguns têm ideologia bem definida, outros nos consideramos apolíticos. Mas estamos todos preocupados e indignados com a política, economia e sociedade que vemos ao nosso redor. Pela corrupção de políticos, empresários, banqueiros. Pela impotência das pessoas comuns”.
Esta mobilização cidadã surgiu de um pequeno conglomerado de organizações e cidadãos anônimos como Juventude sem futuro, Ecologistas em Ação, ATAAC ou Intermón Oxfam, que decidiram criar a plataforma Democracia real JÁ, e chamar protestos nas 50 principais cidades espanholas para expressar seu profundo mal-estar diante da situação atual e da campanha eleitoral hegemônica, na qual se decidirá os governos municipal, provincial e autônomos da maioria do país, em apenas uma semana, dia 22.
Em todos os protestos, as redes sociais foram vitais, tanto para a difusão da mensagem e do evento, como para apresentar os pormenores das mobilizações. “Sem pão, não há paz”,” não voto neles”,” não somos mercadoria nas mãos dos políticos e dos banqueiros”,” contrato de lixo, escravo livre ” foram algumas das consignias dirigidas à “ditadura partidocrática” e que comanda as políticas econômicas e financeiras.
Em todas as manifestações se leu um manifesto que explica claramente o aparecimento deste novo movimento social, contestatório e que é uma mostra a mais do mal-estar social perante o aumento da pobreza, o desmantelamento gradual do Estado do bem-estar (o ‘welfare state’), os quase cinco milhões de desempregados só na Espanha e a falta de oportunidades para os mais jovens.
No texto, a plataforma explica: “Alguns de nós se considera mais progressistas, outros mais conservadores. Alguns crentes, outros não. Alguns têm ideologia bem definida, outros nos consideramos apolíticos. Mas estamos todos preocupados e indignados com a política, economia e sociedade que vemos ao nosso redor. Pela corrupção de políticos, empresários, banqueiros. Pela impotência das pessoas comuns”.
As marchas foram dirigidas com cartazes com o slogan “Nós não estamos bem nas mãos de políticos e banqueiros”.
Entre as principais reivindicações dos manifestantes, entre eles desempregados ou subcontratados, estava a demanda por uma série de “direitos básicos”, como habitação, trabalho, cultura, acesso à saúde, educação e participação política.
Mas alertam que a democracia, tal como está, impede cumprir com todas essas exigências, pois –s ustentam – “a classe política nem sequer nos escuta” e se dedica a atender “tão só aos ditames dos grandes poderes econômicos e apegando-se ao poder através de uma ditadura partidocrática encabeçada pelo ‘PPSOE’ (referindo-se ao Partido Popular e ao Partido Socialista Operário Espanhol)”.
Os cidadãos mobilizados também clamaram por uma “revolução ética” em que o dinheiro “não está acima do ser humano” e em que os cidadãos não sejam considerados apenas como “produtos no mercado”.
Na capital Madrid, muitos dos manifestantes usavam camisetas amarelas do grupo Juventude sem futuro, que surgiu em abril passado nas universidades.
Os protestos em massa se registraram em Madrid, Barcelona, Sevilha, Málaga, Valência, Pamplona e San Sebastian. Na capital espanhola, os agentes anti-distúrbios dispersaram os manifestante sentados na Gran Via. Em Salamanca, a polícia confiscou máquinas fotográficas e celulares e identificou dezenas de pessoas.
Entre as principais reivindicações dos manifestantes, entre eles desempregados ou subcontratados, estava a demanda por uma série de “direitos básicos”, como habitação, trabalho, cultura, acesso à saúde, educação e participação política.
Mas alertam que a democracia, tal como está, impede cumprir com todas essas exigências, pois –s ustentam – “a classe política nem sequer nos escuta” e se dedica a atender “tão só aos ditames dos grandes poderes econômicos e apegando-se ao poder através de uma ditadura partidocrática encabeçada pelo ‘PPSOE’ (referindo-se ao Partido Popular e ao Partido Socialista Operário Espanhol)”.
Os cidadãos mobilizados também clamaram por uma “revolução ética” em que o dinheiro “não está acima do ser humano” e em que os cidadãos não sejam considerados apenas como “produtos no mercado”.
Na capital Madrid, muitos dos manifestantes usavam camisetas amarelas do grupo Juventude sem futuro, que surgiu em abril passado nas universidades.
Os protestos em massa se registraram em Madrid, Barcelona, Sevilha, Málaga, Valência, Pamplona e San Sebastian. Na capital espanhola, os agentes anti-distúrbios dispersaram os manifestante sentados na Gran Via. Em Salamanca, a polícia confiscou máquinas fotográficas e celulares e identificou dezenas de pessoas.