Professor da “categoria O” da rede estadual paulista é demitido por fazer greve
O direito de greve é um direito de tod@s! O governo do PSDB em São Paulo não pode demitir professores por fazer aquilo que eles não fazem: lutar por uma educação pública, gratuita e de qualidade! #ForaAlckmin
Depois de muitas tentativas de reverter o caso, o professor Juliano Niklevicz, contratado pelo Governo do Estado de São Paulo, foi oficialmente demitido. Ele faz parte da chamada categoria O, que funciona via contrato precário de serviço e tem uma série de restrições. Com a demissão, Niklevicz fica proibido de dar aulas por 200 dias (a duzentena). Tudo isso, porque foi o único professor “O” na sua escola a participar da greve dos professores estaduais no ano passado. Entre as reivindicações do setor, estavam o fim da categoria O e abertura de 45 mil vagas em concurso. Antes da demissão oficial, Juliano lecionava há dois anos em escolas estaduais, entre elas a Olinda Leite Sinisgalli, na Brasilândia.
Nesse período, trabalhou em salas com mais de cinquenta alunos, além de dar aula numa outra escola, como a maioria dos professores é obrigada a fazer para pagar as contas. Esse ano, recebeu seu primeiro salário no dia 16 de abril, pela metade. A outra parte de fevereiro e março só veio a receber em junho. Os salários referentes a abril, maio, junho e julho não foram pagos. Quatro meses sem receber. Sendo o único da categoria O da escola que fez greve, foi muitas vezes “orientado” pela direção da escola a abandonar a greve (porque poderia ser demitido).
De acordo com a escola, ele não cumpriu com as obrigações contratuais anteriores à greve. Mas a questão central é: de acordo com o contrato, o professor tem direito a seu salário. De acordo com a Constituição, também tem direito à greve. Ou seja, tem direito a receber durante esse período. Quem descumpriu o contrato: Juliano ou o Estado de São Paulo? Esse é apenas um dos milhares de casos cotidianos de descaso com os professores e com a educação paulista como um todo. São mais de 20 anos de governo tucano aprofundando a precarização das condições de trabalho e o abandono das escolas.
Amanhã somos todos #ForaAlckmin!
Em defesa da educação pública de qualidade e por salários e condições dignas aos professores!
Concentração: 13h no Anhangabaú! Venha pra rua com a gente!