Já basta: Universidades estaduais do Ceará vão à luta
O histórico de precarização das universidades estaduais cearenses é conhecido de todos os estudantes e também do governador Cid Gomes (recém filado ao PROS).
O histórico de precarização das universidades estaduais cearenses é conhecido de todos os estudantes e também do governador Cid Gomes (recém filado ao PROS). Depois de anos de luta e de tentativa de diálogo com o governador que se nega a atender às principais reivindicações dos estudantes e professores, a comunidade acadêmica das universidades decidiu discutir a greve e a radicalização do movimento.
Há cerca de um mês o campus da FACEDI está em greve (Campus da UECE em Itapipoca), lutando por expansão e por infraestrutura. Desde então a discussão por greve geral nas três estaduais tem se acirrado. No dia 22 de outubro os estudantes em Assembleia histórica com mais 1200 estudantes deflagraram greve geral estudantil em toda a UECE. Neste dia 29 de outubro foi a vez dos professores entrarem em greve.
Porém a luta não se restringe a Fortaleza e nem tampouco à UECE. O sucateamento do ensino superior ocorre em nível estadual. Por isso a UeVA e a URCA estão com assembleias gerais marcadas para os próximos dias também para discutir indicativo de greve.
As universidades estaduais cumprem papel sócio-econômico fundamental no Ceará. Além de atuarem na região do semi-árido no interior do Ceará, são caracterizadas por receberem uma grande quantidade de jovens que vem das escolas públicas, a UVA é um grande exemplo, cerca de 58% estudantes da UVA vem das escolas públicas e 75% tem renda mensal familiar de até dois salários mínimos. Porém não é pelo fato de que as estaduais muitas vezes são universidades do filho do operário, do agricultor e da periferia que elas devem ser de má qualidade.
Os estudantes do Ceará começam a travar uma intensa batalha por educação de qualidade. Nos reunimos aos estudantes da USP que ocupam a reitoria a quase um mês. Com a luta unificada das três universidades estaduais, acumulamos força para vencer a resistência do governo e conquistar a educação de qualidade que queremos.
Por mais infraestrutura!
Por mais financiamento e concurso público para professores e técnicos-administrativos!
Por Residência e Restaurante Universitário!