UCB é pintada por todas as cores
Com a colaboração de Jardel Santana* Durante toda a semana passada, foram realizadas intensas atividades de debate e esclarecimento à comunidade acadêmica da Universidade Católica de Brasília. Estas atividades dizem respeito à I semana de Gênero da UCB, organizada pelo DIV’GÊ – Núcleo Discente de Diálogo em Gênero e Diversidades. Para fechar esta semana de muito trabalho, […]
Com a colaboração de Jardel Santana*
Durante toda a semana passada, foram realizadas intensas atividades de debate e esclarecimento à comunidade acadêmica da Universidade Católica de Brasília. Estas atividades dizem respeito à I semana de Gênero da UCB, organizada pelo DIV’GÊ – Núcleo Discente de Diálogo em Gênero e Diversidades. Para fechar esta semana de muito trabalho, foi realizado um ato contra a homofobia no campus da universidade, quinta-feira, dia 11/08/2011.
Com mais de 200 estudantes presentes, o ato foi uma grande vitória para todo o movimento estudantil da Católica. Na noite de quinta-feira, os mesmos ventos que sopram boas novas à juventude grega, que inspira esperança e a luta por direitos na juventude chilena, que fez com que o povo espanhol fosse às ruas lutar por melhores condições de vida, e responsável pelos levantes populares nos países árabes, soprou na UCB. Soprou, e soprou forte. Um ato que já não se via há algum tempo na universidade, entoava, em uníssono “Aqui está presente o movimento estudantil”.
Além da completa organização que foi o ato, sem nenhum tipo de dano às estruturas da universidade, com todos/as os/as alunos/as envolvidos/as pelo clima de lutar por justiça, contra o preconceito, dois pontos são fundamentais para se ter a noção do que significou esta atividade.
A primeira é que o movimento estudantil da Católica está mais ativo que nunca. Um movimento muito mais maduro, com pautas que extrapolam os muros da universidade e que tratam de temas que a sociedade se espelha e discute. Enfim, cumpre o papel que é seu de direito – trazer para dentro do ambiente acadêmico os temas considerados tabu pela sociedade. Sociedade esta que se omite a debatê-lo e, como conseqüência, oprime cada dia mais pessoas, faz com que fechemos os olhos para as mazelas que os/as que estão no poder fazem questão de esconder.
O outro ponto, talvez o maior trunfo deste movimento, é a luta pela unidade. Seguir construindo o movimento com o mesmo vigor, organização e unidade que foi construído este ato é essencial. O grupo DIV’GÊ conseguiu agrupar os setores da UCB que constroem o movimento estudantil diuturnamente e fez com que todos estes setores estivessem juntos, enfileirados rumo à luta por liberdade.
O sentimento que ficou a todos/as, com toda certeza, é de que juntos/as podemos mais. De que juntos/as somos mais fortes e conseguimos fazer aquilo que talvez considerássemos impossível. E, mais que isso, que temos condições de sermos, enquanto juventude organizada, protagonistas na luta por direitos e na defesa do amor, seja qual for.
“SOMOS MULHERES, SOMOS GAYS, SOMOS BISSEXUAIS, SOMOS HOMENS, SOMOS TRAVESTIS, SOMOS TRANSEXUAIS, SOMOS VADIAS. SOMOS LIVRES!”
*Jardel Santana – Estudante de Psicologia da UCB, membro do Núcleo Discente de Diálogo em Gênero e Diversidades da UCB (DIV’GÊ) e da Comissão Organizadora da I Semana Acadêmica de Gênero da UCB