Quem tem fome protesta, ATO pelo bandejão da UERJ!
Com o mesmo incentivo da juventude chilena e das recentes ocupações das universidades federais brasileiras, estudantes da UERJ (Maracanã, FFP, FEBF e CAp) organizaram um ato durante a inauguração do Bandejão – campus Maracanã.
Com o mesmo incentivo da juventude chilena e das recentes ocupações das universidades federais brasileiras, estudantes da UERJ (Maracanã, FFP, FEBF e CAp) organizaram um ato durante a inauguração do Bandejão – campus Maracanã. A manifestação teve como objetivo reivindicar a redução do preço das refeições e a construção de RUs na FFP e na FEBF. Com muita disposição e irreverência, foram produzidas faixas e cartazes, referenciando o sucateamento da universidade. Também foram distribuídos apitos para recepcionar o Governador Sergio Cabral, um dos convidados “ilustres” da reitoria, inimigo número 1 da educação no estado do RJ.
Saindo da concentração no hall dos elevadores, marcharmos até a altura do Bandejão, onde nos deparamos com um enorme cordão de isolamento formado por seguranças. Tudo isso para conter estudantes que desejavam entrar no bandejão e protestar pacificamente pelos valores impostos pela reitoria (R$ 5,31 para funcionários, R$ 3,00 para estudantes regulares e R$ 2,00 para cotistas). Sem se intimidar, seguimos agrupados e coesos, cantando palavras de ordem e músicas em defesa da educação pública. Contudo, fomos impedidos sumariamente de entrar RU da UERJ. Mesmo sem a presença do Governador Cabral, que furou a “festa privada” do reitor Vieiralves, os seguranças reprimiram com violência os ativistas presentes. Socos e pontapés foram distribuídos, sequer as mulheres foram poupadas das agressões. Essa demonstração de truculência segue a risca a política de criminalização da pobreza e dos movimentos sociais pautada por Sergio Cabral. É relevante destacar, que apenas um punhado de estudantes e professores subservientes a política da reitoria e governo foram autorizados a entrar no bandejão recém inaugurado. Ao final os estudantes fizeram um cordão simbólico para encerrar o ato.
Esse ato mostrou, mais uma vez, que o movimento estudantil combativo da UERJ vem crescendo e não dará nenhum passo atrás em suas reivindicações. Para isso, seguiremos o dialogo com cada estudante, debatendo as demandas objetivas da faculdade e nos preparando para as próximas manifestações. Finalmente, é importante reafirmar, só na mobilização iremos conseguir conquistar a redução preço do RU/Maracanã e a construção do mesmo para FFP e a FEBF.