Greve da Educação gaúcha desmascara governo Tarso
Professores e funcionários das escolas públicas gaúchas entraram em greve nesta segunda-feira, dia 21 de novembro. A paralisação por tempo indeterminado foi definida em Assembleia Geralno Ginásio Gigantinho,em Porto Alegre, que contou com a presença de quase 5 mil trabalhadores em educação.
Professores e funcionários das escolas públicas gaúchas entraram em greve nesta segunda-feira, dia 21 de novembro. A paralisação por tempo indeterminado foi definida em Assembleia Geralno Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre, que contou com a presença de quase 5 mil trabalhadores em educação.
A greve aponta duas pautas centrais: o pagamento do piso salarial nacional do magistério e o rechaço ao decreto do governador Tarso que prevê uma profunda reformulação pedagógica no Ensino Médio.
Quando candidato a governador, Tarso Genro compareceu no Congresso do CPERS-Sindicato (Centro dos Professores do Rio Grande do Sul, o sindicato dos professores e funcionários) e se comprometeu com o pagamento do piso salarial nacional. Vivíamos o fim do governo Yeda, que entrou na Supremo Tribunal Federal com Ação de Inconstitucionalidade para não pagar o piso. Felizmente, a decisão judicial favoreceu o magistério. Tarso foi eleito no primeiro turno e não apresentou o calendário para pagamento do piso nacional.
“Não cumprir a lei do piso é GRAVE. Prometer e não cumprir é GREVE” dizem os cartazes espalhados pela RS
Outra questão fundamental, é a profunda reforma pedagógica do Ensino Médio, com previsão de ser realizada por decreto no fim de dezembro. Leia a análise produzida por Júlio Câmara, Presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Infante Dom Henrique, de Porto Alegre. Em síntese, a reforma transforma o Ensino Médio num misto do que é atualmente com um curso técnico. Gradativamente, o estudante passa a ter menos as disciplinas que possuem hoje, para disciplinas interdisciplinares tecnológicas e de formação profissional. E a formação técnica será decidida pelo empresariado local, já que cada região formará estudantes de acordo com sua base produtiva. Isso, significará mão-de-obra abundante, com baixa qualificação. Além de os estudantes terem ainda menos chances de disputar uma vaga nas Universidades, sendo ainda mais reféns da lógica meritocrática e mercadológica dos cursinhos pré-vestibulares pagos.
Juntos pela Educação!
O Juntos faz um alerta aos estudantes gaúchos: é hora de barrar o decreto de Tarso e estarmos unidos com os professores e funcionários das escolas. Só com a união da comunidade podemos melhorar a educação pública. Entra governo e sai governo, a coisa não muda: educação só serve como promessa eleitoral, quando são eleitos metem a faca nas costas! Estamos nessa luta por outra política, com democracia real e participação efetiva de quem vive os problemas do povo. É a comunidade escolar que deve promover as mudanças necessárias, com respeito e valorização!
Agenda de Mobilização do Juntos! em Porto Alegre. Nos encontramos nas escolas e depois vamos para outra. Fique ligado!
23/11, Quarta-feira
9h – Colégio Japão (Zona Norte)
16h – Ato com a comunidade escolar na Ilha da Pintada
24/11, Quinta-feira
14h – Ato Público/Assembleia da Greve – Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini