“Mackenzie! Deixa eu falar: o povo quer o direito de estudar!”
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“Mackenzie! Deixa eu falar: o povo quer o direito de estudar!”

Há duas semanas, a Universidade Presbiteriana Mackenzie anunciou que passará a destinar 50% de suas vagas ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Na última quarta-feira, 04 de abril, as/os estudantes discordantes dessa visão, realizaram outra manifestação no Mackenzie.

Ana Carol Cassiolato 7 abr 2012, 16:36

*Ana Carol Cassiolato

Ana, Comunicação Social da Mackenzie

Há duas semanas, a Universidade Presbiteriana Mackenzie anunciou que passará a destinar 50% de suas vagas ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Alunos provenientes da alta elite paulistana e até aqueles que sonham fazer parte dela se posicionaram contra a medida e realizaram uma manifestação para pedir um “processo seletivo condizente com a tradição mackenzista”, já que o Enem é ligado a vazamentos, escândalos e, além disso, aumenta a inserção de pessoas de outros níveis sociais. Na última quarta-feira, 04 de abril, as/os estudantes discordantes dessa visão, realizaram outra manifestação no Mackenzie – dessa vez para afirmar e esclarecer o porquê de não querermos nem Enem, nem vestibular e muito menos a “tradição”.

 Rafael Silva, CA de Ciências Sociais UNINOVE

Intitulado de Gente Diferenciada do Mackenzie, o ato, que contou com estudantes de outras universidades particulares, públicas e secundaristas, veio para tentar atuar como “abridor de olhos” da comunidade do Mackenzie. É muito difícil falar de elitização da educação quando a palavra elite, para muitos, representa um estado ou um objetivo de vida.
Nossa manifestação foi mais que simplesmente “gritar” por mais investimentos na Educação, pois esse foi apenas um eixo. Não vemos outra forma mais efetiva de atuar se não for pelo esclarecimento. Diferentemente do outro ato, que não se atentou para a questão delicada que é discutir a dificuldade de acesso dos jovens ao ensino superior público e de qualidade, dividindo os estudantes do Mackenzie, queremos fazer o debate crítico. Grupos de discussão, com palestras e debates, iniciam-se semana que vem no Mackenzie e nas universidades particulares que participaram do ato. Queremos debater a questão da educação como um todo e contamos, realmente, com a força de quem puder se somar!

Ah, éramos 30. Mas dentro de nós havia 99%.

 

* Ana é estudante de Comunicação Social da Mackenzie.


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