Reitor da UFPel condenado a 4 anos e meio de prisão
O criminoso autorizou a instalação de serviço de hemodiálise de um amigo professor dentro da universidade sem processo de licitação, sendo condenado a perder o cargo, a 4 anos e meio de prisão em regime semi-aberto e multado em quase 35 mil reais.
Hoje foi um dia muito especial para a universidade Federal de Pelotas, um dia que há muitos anos o movimento estudantil esperava e que ao chegar não contemos a sensação de vitória. Cerca de uma hora após saber pela imprensa que o atual reitor da Universidade Federal de Pelotas foi condenado à 4 anos de prisão e perda de cargo, estudantes começaram a se deslocar para a frente do prédio onde ocorrem os Conselhos Superiores e que em 2008 foi cenário do golpe que reconduziu César Borges à reitoria.
César foi condenado por dispensar licitação na instalação de serviço de hemodiálise na UFPel, valendo-se de sua posição administrativa. César achou por bem, como sempre faz, usar de seu poder para conceder privilégios aos seus “amiguinhos”, porém, dessa vez, não passou. A notícia chega em boa hora. Chega no momento em que a UFPEL respira ares de mudanças em função das eleições para a reitoria que estão a pleno vapor. A condenação de César Borges chega no momento exato em que o candidato que representa a atual administração, Manoel Brenner de Moraes – candidato à reitoria pela chapa 1- não cansa de dizer que tem orgulho de fazer parte desta gestão. Esta gestão golpista, criminosa, condenada a pagar R$ 34.562,80 em multa. A boa nova da condenação de César nos faz ter esperanças em que a chapa de situação, que em todo momento defende a atual gestão, não chegue ao segundo turno das eleições. A comunidade acadêmica há muitos anos vem dizendo o que quer e o que não quer. Não queremos que este modelo corrupto de administração, pode ir César e leve consigo aqueles que insistem em tentar corromper a UFPel.
Durante os últimos 4 anos da Era Borges a UFPel cumpriu cegamente as políticas dos governos Lula e Dilma. Assinou o REUNI sem discussão nenhuma com a comunidade acadêmica, gerando a maior expansão entre as universidades que aderiram ao programa e também a maior decadência estrutural, administrativa e pedagógica. Aderimos ao SiSu como sistema único e ingresso à universidade , novamente sem nenhum um tipo de diálogo, e hoje os estudantes que veem de fora da cidade estudar não conseguem aqui se manter por não ter onde morar, onde comer.
Sabemos que a justiça tarda e falha, sabemos que as relações tanto com o governo, quanto com as classes dominantes da cidade facilitarão a empreitada de César em permanecer no poder. Temos plena consciência que a justiça que condenou César é a mesma que prende mulheres pobres que furtam para alimentar seus filhos e deixa livre corruptos. Contudo, essa condenação é uma vitória que vai além daquilo que a juíza escreveu. É uma vitória daqueles que há muito vem dizendo que a realidade da UFPEL não é de sonhos, é uma realidade de precarização do ensino público , com falta de professores, funcionários, laboratórios, livros, água… Com falta de democracia, transparência e diálogo. É uma vitória daqueles que ocuparam a reitoria ano passado e ficaram pasmos com o fato de estudarmos na única universidade que se negou a receber as reivindicações dos estudantes e chamou a polícia para fazer a desocupação em menos de 48 horas.
Seguiremos lutando para que ele perca o cargo. Que perca logo, que perca o mais rápido possível para que pare de sugar o dinheiro público em benefício próprio, para que a UFPel deixe de ser um brinquedo na mão de César. O Reitor que processou estudantes que reivindicavam por uma UFPel minimamente decente, mais uma vez, foi condenado, que dessa vez tenha a vergonha de sair. Por democracia real na UFPel estamos JUNTOS!
Ooo Cesar Borges, que papelão!
Entrou com golpe, vai sair de camburão!