UFPA: professores resolvem entrar em greve. Juntos em defesa da educação pública e de qualidade!
Em assembleia da Associação de Docentes da UFPA (ADUFPA), professores resolvem aderir a greve indicada nacionalmente pela Associação Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES). Dos 142 professores presentes, 3 votaram contra e apenas 1 se absteve.
Por Anderson Castro*
Rodrigo Queiroz**
Às 9h30 de hoje, 15 de maio, em assembleia organizada pela Associação de Docentes da UFPA (ADUFPA), professores resolvem aderir a greve indicada nacionalmente pela Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES). Dos 142 professores presentes, 3 votaram contra e apenas 1 se absteve.
Entre as reivindicações estão: melhorias nas condições de trabalho e valorização salarial.
“A greve dos professores das IFES é a resposta da categoria docente à intransigência do governo federal, que insiste em se recusar a atender as reivindicações dos docentes. A Medida Provisória editada ontem, 14, pelo governo federal contempla apenas o reajuste de 4% no vencimento básico e a incorporação da Gemas e Gebtt ao salário-base, desconsiderando o eixo central de reivindicação da categoria, que é a reestruturação da carreira docente.
Os docentes reivindicam a unificação das carreiras com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso salarial de R$ 2.329,35 (professor graduado em regime de 20 horas), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.” (fonte: http://www.adufpa.org.br/detalha_noticia.php?id=1560).
Qual nosso papel enquanto estudante?
A greve inicia dia 17 de maio, desta forma, convidamos os estudantes a apoiar e se somar ao movimento, pois também passamos por inúmeros problemas dentro da Universidade que vão desde a falta de professores até problemas graves de infraestrutura.
Vale lembrar que há 3 semanas atrás pegou fogo na sala dos calouros de economia devido as péssimas instalações elétricas e a falta de manutenção dos mesmos, os estudantes do curso de odontologia paralisaram por duas vezes reivindicando melhorias na faculdade e a responsabilização da UFPA em comprar os materiais da clínica pois o discente tinha que tirar pro semestre cerca de 4000 reais do próprio bolso.
Uma média de 100 estudantes estiveram presentes na assembleia dos professores dando apoio ao movimento e logo em seguida reuniram e tiraram como deliberação criar uma frente estudantil de greve para acompanhar e fortalecer a luta e participar da mobilização para colocarmos nossas pautas estudantis. Por melhorias na UFPA, o estudante também tem que grevar, propomos:
- Reforma geral imediata dos prédios antigos da Universidade;
- Fim da retenção do aluno fora de bloco;
- Contra a cobrança de taxas nos cursos livres de idioma no ILC
- Que a UFPA se comprometa em arcar com os materiais das aulas práticas utilizados por professores e estudantes;
- Melhores condições para os bolsistas, entre elas o reajuste salarial das bolsas para a graduação e para a pós.
- Ampliação e renovação de livros na biblioteca central, setoriais e nos campi.
- Contratação de mais professores efetivos com dedicação exclusiva
- Reforma do Ginásio de esportes da UFPA e construção de ginásios esportivos nos campi.
- Aumento do número de bolsas de pesquisa e extensão universitárias.
- Ampliação de verdade do Restaurante Universitário
- Construção imediata da moradia estudantil e creche para a comunidade universitária em todos os campi da UFPA;
- Pressionar a UFPA para que não privatize os hospitais universitários;
- entre outras.
Estudante traga sua demanda, pois “Se o presente é luta o futuro nos pertence”.
Participe: dia 17 de maio, as 8h30, no portão 3 da UFPA, participação estudantil no ato dos professores.
*Anderson Castro é estudante de Psicologia, coordenador da Rede Emancipa – movimento social de cursinhos populares e é ex-coordenador geral do DCE UFPA
**Rodrigo Queiroz é estudante de Ciências Sociais e diretor do DCE UFPA