Diante da truculência do governo Alckmin, a democracia pede passagem!
O ato por democracia e do dia dos professores de São Paulo terminou com a truculência da polícia. A pergunta que fica é: até quando Alckmin e os tucanos seguirão batendo ao invés de dialogar com os movimentos nas ruas? Nota do Juntos! sobre a luta por democracia nas universidades paulistas!
No dia 15 de outubro, conhecido nacionalmente como Dia dos Professores, pelo Brasil inteiro, milhares de pessoas foram às ruas. Em São Paulo, estudantes da USP, Unicamp, Unesp , FATEC e diversas outras universidades, além de secundaristas e professores, pararam a cidade com uma pauta: democracia na educação paulista! Foram mais de 3000 pessoas nas ruas da cidade, mostrando que vivemos um novo momento na política brasileira. O ato tinha um objetivo claro: dizer para o governador Geraldo Alckmin que é preciso que ele saia de seu gabinete e venha conversar com os estudantes paulistas!
Mas, ao contrário do que foi pedido, a resposta do governador foi outra: bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e truculência da polícia militar, numa ação inédita desde junho. Alckmin, ao invés de ouvir as vozes daqueles que querem democracia, resolveu que a resposta é tentar calar aqueles que lutam! O Juntos! é contra todo tipo de truculência da polícia! Para nós, o diálogo deveria ser o método utilizado pelo governador para resolver as questões que estão sendo levantadas. O governador mostrou, mais uma vez, que entende que movimento estudantil é caso de polícia, a exemplo do que já fez em outras situações. Foram dezenas de presos, acusados de absurdos, tendo negado o seu direito democrático de manifestação.
Enquanto isso, Alckmin vai a televisão amedrontar a população, acusando os estudantes de serem criminosos perigosos, que estão sendo presos porque são um atentado à ordem. Para nós, atentado à ordem é não investir na educação, demitir professores, não aumentar salários e ainda estar envolvido em escândalos de corrupção como o “propinoduto”. Se algo está fora da ordem, é a escolha do governo tucano de destruir a educação e outros serviços básicos de São Paulo!
Na USP, o grande representante da falta de abertura de diálogo é o reitor João Grandino Rodas. Mesmo depois de ter recebido a orientação judicial de negociar com o movimento estudantil que está ocupando a reitoria, ele tentou mais uma vez o pedido de reintegração de posse. Mas teve mais uma derrota: a ocupação tem mais 60 dias de legalidade!
Não é preciso muito para entender o que está acontecendo: Rodas e Alckmin sabem que é preciso retroceder. O movimento seguirá em frente: a exemplo de junho, sabemos que o movimento não retrocederá com os ataques de truculência da polícia. O governador não nos derrotará com prisões e bombas. Não tem mais volta: a democracia pede passagem. Amanhã vai ser maior.