No Ceará, Greve Geral: Interior e Capital
Há cerca de quatro anos o movimento estudantil e docente das universidades estaduais do Ceará realizam intensas mobilizações na busca de abrir negociações com o governo Cid Gomes.
Há cerca de quatro anos o movimento estudantil e docente das universidades estaduais do Ceará realizam intensas mobilizações na busca de abrir negociações com o governo Cid Gomes. Em todo este período o governador recebeu o movimento apenas uma vez em 2012 deixando bem claro que não era intenção dele investir mais recursos na educação superior do estado do Ceará.
Diante da intransigência do governo a URCA (Universidade Regional do Cariri) e a UeVA (Universidades Estadual do Vale do Acaraú) se juntaram à UECE e deflagraram greve geral em todas as universidades estaduais do Ceará. Este foi um grito de basta à precarização histórica do ensino superior do Ceará e também contra a postura autoritária do governador Cid Gomes.
Na última quarta-feira as universidades fizeram um grande ato na tentativa de dialogar com o governador em Fortaleza. Porém, além de terem sido recebidos por mais de trezentos policiais no lugar de uma mesa de negociações com o governo ainda sofreram com a chuva de gás lacrimogênio e bombas de efeito moral. É lamentável ver a postura do atual governo que investe milhões em estádios da Copa, atrações turísticas, helicópteros de mais de 78 milhões de reais para a polícia e grandes elefantes brancos por todo o estado e deixam a educação superior do estado morrendo a míngua.
Nossas reivindicações giram em torno do mais básico para manter minimamente o funcionamento das universidades estaduais: concurso para professor efetivo e técnico-administrativo, financiamento para as universidades estaduais do Ceará, plano estadual de assistência estudantil com verbas na dotação orçamentária exclusiva, dentre outras.
Na UeVA além disso também reivindicamos melhor infra-estrutura dos campi, construção imediata do Restaurante e da Residência Universitária, redução da carga horária da bolsa PBU, fim da cobrança de taxas ilegais, abertura dos contratos com os institutos privados, estatuinte democrática com eleições diretas para reitor, dentre outros.
Nós do Coletivo Juntos estamos muito felizes por ter dado nossa colaboração neste processo e estaremos permanentemente juntos aos estudantes, professores e servidores na luta por uma universidade pública, gratuita, de qualidade, socialmente referenciada e democrática.
GREVE GERAL EM TODA A ESTADUAL!!!